Evento em Rio Verde discute abelhas e arborização

O transporte de pólen de uma planta para outra promove o cruzamento entre duas plantas. Com isso, aumenta a variabilidade genética da espécie, melhorando as chances das plantas se adaptarem a diferentes condições do meio ambiente


“Aproximadamente 80% dos alimentos cultivados pelo homem precisam da polinização realizada por abelhas” – é o que explica o pesquisador Vagner de Toledo, da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

A polinização é o transporte de grão de pólen da parte masculina para a parte feminina da planta. Essa transferência pode acontecer na mesma planta ou entre duas plantas diferentes, e dá origem a frutas e sementes. É assim que as plantas se reproduzem e produzem alimentos para o ser humano.

Vagner explica ainda que mesmo plantas como a soja, por exemplo, conhecida por não depender da polinização realizada por animais para produzir sementes, possuem uma pequena margem de “autoincompatibilidade”, ou seja, “uma pequena porcentagem dessas plantas não consegue se autofecundar e permite a troca de pólen entre plantas, realizada por animais como as abelhas”.

O transporte de pólen de uma planta para outra promove o cruzamento entre duas plantas. Com isso, aumenta a variabilidade genética da espécie, melhorando as chances das plantas se adaptarem a diferentes condições do meio ambiente, como mudanças de temperatura, por exemplo.

Entretanto, apesar de sua importância, as abelhas estão desaparecendo. As razões são diversas, mas o pesquisador Vagner explica que o uso de inseticidas proibidos pela legislação brasileira e o uso em excesso estão contribuindo para a perda desses animais.

Projetos
Vagner é um dos palestrantes do evento “Simpósio de Integração Ciência e Educação Ambiental: abelhas e arborização”, que está sendo realizado pelo IF Goiano nesta terça e quarta-feira. O evento trouxe nove especialistas no tema para Rio Verde, para discutir os projetos que estão sendo implantados no Jardim Botânico.

Um dos projetos é a distribuição de colmeias de abelhas sem ferrão na cidade, tanto em casas quanto em escolas. “A partir do Jardim Botânico, nós vamos dar suporte às pessoas interessadas em criar abelhas, e também vamos montar projetos de educação ambiental nas escolas utilizando essas colmeias”, explica Fabiano Guimarães Silva, coordenador do projeto.

O evento discute ainda a arborização urbana, que é outro projeto do Jardim Botânico. “Trouxemos especialistas que realizaram um importante projeto de arborização na cidade de Campinas (SP) para nos ajudar a planejar as ações de arborização em Rio Verde”, comentou Alan Carlos Costa, responsável pelo Jardim Botânico.

IF Goiano

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