Em Goiás, dois mil morrem no trânsito

Número é motivo de alerta para população e autoridades públicas que participam hoje de programação da Semana Nacional de Trânsito


Os acidentes de trânsito são responsáveis por mais de dois mil óbitos em Goiás anualmente, sendo o segundo motivo de mortes por causas externas entre os goianos “Hoje os acidentes de trânsito se transformaram em uma epidemia que destrói vidas”. A frase é do professor Divino Gomes, que até hoje sofre sequelas de um acidente do qual foi vítima há uma década. Mesmo sofrendo no corpo os resultados da violência no trânsito, Divino pode se considerar um homem de sorte, pois não faz parte do grupo de mais de duas mil pessoas que morrem, anualmente, no trânsito em Goiás. Esses acidentes são a segundo maior motivo de mortes por causas externas entre os goianos.

Os números alarmantes apontam para a necessidade de sensibilizar a população para o tema, por isso, foi criado a Semana Nacional de Trânsito, lembrado todos os anos entre os dias 18 e 25 de setembro. A abertura das atividades acontece hoje às 14h, durante o Workshop Mobilidade Urbana e Trânsito e o III Seminário de Trânsito e Saúde Pública, no Senac Cora Coralina - auditório Álvaro Falanque, avenida Independência, n. 1.002, Setor Leste Vila Nova, Goiânia.

Com palestrantes de destaque nacional, o foco do evento é qualificar gestores e profissionais para prevenir lesões e óbitos causados pelo trânsito e ainda mobilizar a sociedade para a promoção do trânsito mais seguro. A ação conta com apresentações orais, painéis, palestras e mesas redondas. Durante a manhã as atividades serão direcionadas a gestores municipais e profissionais das áreas de trânsito e saúde e acontecem no Augustus Hotel. No período vespertino é a vez do Senac Cora Coralina sediar o evento, com a programação aberta ao público.

Índices
“Os acidentes de trânsito representam perda da força produtiva do país, aposentadorias precoces e sobrecargas nos serviços de Saúde, (exames, atendimento assistencial, reabilitação, e outros), sem falar na súbita ausência de um provedor de família que pode deixar companheiros, companheiras e filhos desamparados”, avalia a coordenadora de Vigilância de Violências e Acidentes da SES, Maria de Fátima.

Levantamento realizado pelo Observatório de Mobilidade e Saúde aponta que Goiás mostra índices sete vezes acima do nível de tolerância preconizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) quanto à taxa de mortalidade por 10 mil veículos e também apresenta patamares maiores do que a média brasileira. Em Goiás, são 29,9 mortes por 100 mil habitantes ou 7,4 mortes por 10 mil veículos, enquanto que no Brasil os dados são de 20,1 mortes para cada 100 mil ou 6,2 óbitos para cada 10 mil veículos. Essas taxas de mortalidade do estado de Goiás, bem como as do Brasil estão muito acima do preconizado como tolerável pela ONU que são de 11,1 para 100.000 habitantes.

O Hoje

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