Boates começam a ser fiscalizadas em Goiás

Defesa Civil faz vistorias na Região Metropolitana


O incêndio causado por um show pirotécnico no palco da boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, deixou o saldo de 236 pessoas mortas e mais de 100 feridas. O acidente, considerado o segundo maior da história do Brasil e o terceiro maior do mundo em casas noturnas, acendeu o sinal de alerta em todo o País. Segundo o coronel Edmilson Eurípedes Lopes, comandante de Operações da Defesa Civil em Goiás, está agendada para amanhã uma reunião com os comandantes da Região Metropolitana da Capital para intensificar a fiscalização em boates e casas de show antes do início dos eventos festivos do Carnaval. “Nós queremos visitar todos os estabelecimentos até esta sexta-feira”, afirma Edmilson Eurípedes. As inspeções do Corpo de Bombeiros são anuais.

A fiscalização da Defesa Civil será feita de acordo com o número de pessoas que podem ser recebidas. A legislação básica consiste em verificar a existência de extintores bem localizados, sistema de combate a incêndio, se existem saídas de emergência sinalizadas e profissionais treinados para situações de perigo. “Conforme o show, a empresa deve contratar uma brigada de incêndio para dar os primeiros socorros até a chegada dos bombeiros. Eu quero convocar a população para que  denuncie pelo 192 ou 193, Defesa Civil e Corpo de Bombeiros,   a fim de  que uma guarnição nossa compareça ao local para saber se o estabelecimento pode continuar funcionando ou não”, relata o coronel Edmilson.

A orientação da Defesa Civil é para que a população tome ciência do lugar que está frequentando, pois existem boates que funcionam na clandestinidade. “Nos estabelecimentos clandestinos não há saídas de emergência, os extintores não estão visíveis, não há um sistema fixo de combate a incêndio e nem placas informativas. Mesmo com uma certificação para uma recepção de 500 pessoas, por exemplo, o empresário não pode colocar 700 pessoas no local”, explica o coronel Lopes. A empresa que não estiver de acordo com a legislação poderá ser interditada e o caso encaminhado para o Ministério Público.

A Defesa Civil colocou em prática no mês de setembro do ano passado o projeto Edificações Seguras, que consiste em vistorias in loco em boates, hotéis, motéis e edificações antigas para averiguar as condições das empresas.  “Nós trabalhávamos no sentido de que o empresário nos procurasse para revalidar o certificado de funcionamento, que tem duração de um ano. Como muitos não nos procuravam, nós estamos cadastrando essas empresas para que tão logo vença o certificado, nós encaminhemos uma equipe para averiguar a situação”, aponta o coronel Edmilson Eurípedes Lopes.

Fonte: Notícias de Goiás

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