Queima do Alho acontecerá pela terceira vez em Rio Verde

Evento será realizado no sábado, 9 de julho, no Parque de Exposições Gribalde da Silveira Leão


O aroma da comida aguça os sentidos, preenche o ambiente e desperta as lembranças da vida simples do campo. Um convite para saborear receitas antigas, que contém muita história e uma pitadinha de emoção.

Junte tudo isso com uma moda de viola, roupas típicas, muita alegria e mexa bem. Está é a fórmula de sucesso da tradicional “Queima do alho”, evento que acontece no primeiro sábado após o início da Exposição Agropecuária de Rio Verde.

Realizado pela terceira vez na cidade, retrata por meio de atividades simples o tempo em que os tropeiros viajavam a cavalo ou mula para vender os animais em outros estados. Em viagens que poderiam durar até 6 meses, eram obrigados a transportar alimentos não perecíveis, conservados no sal grosso e a adequar o preparo das refeições ao ambiente rústico da estrada.

Formados por diversos peões, um cozinheiro e um ajudante, as chamadas comitivas transportavam o gado pelas estradas de terra até o destino final de comercialização, pois não existia o auxílio dos caminhões e muito menos de rodovias asfaltadas. A cidade de Barretos - SP era o ponto final desta longa jornada, por ser um grande mercado de compra de bois.

Assim começou a competição entre os cozinheiros para comprovar quem fazia o prato mais saboroso e rápido das comitivas. Uma tradição reconhecida e valorizada pelo homem do campo que poderá ser apreciada mais uma vez pelos visitantes da Expo Rio Verde.

Segundo o presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Walter Baylão Júnior, a última edição, realizada aos moldes de Barretos, contou com a participação de 1.500 pessoas e 7 equipes de tropeiros da região e cidades vizinhas como Santa Helena, Acreúna, Doverlândia, Quirinópolis, dentre outras. Devidamente trajados, os membros das comitivas foram julgados pelas vestimentas, equipamentos (traias), organização e principalmente pelo preparo do arroz carreteiro, feijão tropeiro, couve, paçoca de carne e churrasco.

Outro ponto interessante da festa é a presença de mulas e burros, os quais eram utilizados na época devido a sua resistência e durabilidade frente ao cavalo em longas viagens. “Nosso intuito é retratar a vida no campo e resgatarmos as tradições dos nossos antepassados”, diz.

Neste ano, comenta o presidente, esperamos ansiosos no Tatersal de leilões a presença do público amante da boa culinária e música sertaneja. “Um momento para compartilharmos com os amigos e família”, ressalta.

Fonte: Sindicato Rural de Rio Verde

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