Diferença gritante entre dois filmes de ficção

Por nos situarmos em um mundo hoje geralmente visual, no campo cinematográfico não seria diferente, o investimento de milhões em recursos audiovisuais e efeitos especiais são objetivamente propositais. Todos esperam ver cenas impossíveis que às vezes fazem acreditar que aquilo é real, sendo certo que isto gera uma grande bilheteria.

A ficção sem perceber transparece em ritmo acelerado nos outros gêneros como em dramas, romances, terror e principalmente em filmes de ação. Mas com toda a ficção, sua base de construção deve possuir um roteiro original que sustente os efeitos grandiosos, e é nisso que THOR ganha de “EU SOU O NÚMERO 4’’ .

A obra da Marvel (Thor) dirigida por Kenneth Branagh expõe um exuberante cenário, cenas bem feitas e um paradoxo entre dois mundos que te faz pensar além, por ser pura ciência e não mágicas ou ficção como explicita no filme. O ator assume o personagem junto com seu par romântico Natalie Portman (recém premiada do Oscar) em um romance rápido, porém marcante.

Já o outro filme regrava descaradamente com outros nomes um Superman junto com a saga Crepúsculo , com cenas de ações secas, para o público masculino. Baseado em um livro desconhecido (que não li) e adaptado por Al Gough e Miles Millar (não por acaso, a dupla de criadores de “Smallville”), que colocam toques da própria série. O filme seria melhor adaptado pra uma série de TV, pois no filme a história corre muito, fazendo com que algumas justificativas se percam (sendo que as mesmas com certeza devem conter no livro).

Analisem as diferentes sinopses de ambos os filmes, e conclua qual filme possui uma história mais rica e original, possibilitando maiores surpresas perante a obra.

Thor (Chris Hemsworth) nos é apresentado como um orgulhoso guerreiro e o próximo na linha de sucessão do trono de Asgard, lar de uma raça nos tempos passados adorada pelos humanos como deuses. Seu pai, Odin (Anthony Hopkins), está prestes a cair em um sono profundo (um coma) e iria coroá-lo rei. No entanto, a invasão de um antigo inimigo e a precipitação do príncipe diante de tal fato acabam levando Odin a ter de banir o seu filho para a Terra e extirpá-lo de seus poderes.

No reino humano, um perdido Thor acaba sendo encontrado pela Dra. Jane Foster (Natalie Portman), uma astrofísica em busca de respostas em relação a uma série de fenômenos que vêm ocorrendo. Enquanto isso, o irmão do herói-título, o malicioso Loki (Tom Hiddleston) assume o trono de Asgard, com intenções que podem significar o fim de uma raça inteira.

Já trama de “Eu sou o numero 4” segue o jovem alienígena John Smith (Alex Pettyfer), refugiado na Terra em segredo e protegido pelo severo Henri (Timothy Olyphant) desde criança. O povo de John fora dizimado por uma raça de conquistadores espaciais conhecidos como Mogs, que agora caçam os últimos nove sobreviventes daquele devastado mundo. Três deles e seus respectivos guardiões já foram mortos. John é o próximo na lista.

Buscando se esconder, John e Henri se assentam temporariamente na cidadezinha de Paradise, onde o Guardião tem negócios a resolver. Enquanto isso, o rapaz acaba se apaixonando pela sensível fotógrafa Sarah (Dianna Agron) e criando um elo de amizade com o nerd Sam (Callan McAuliffe). Mas os Mogs se aproximam cada vez mais do seu alvo e uma misteriosa garota em uma motocicleta (Teresa Palmer) também parece estar à procura de John.

Muito diferente? Qual preferiu? Qual te deu vontade de assistir? Dois filmes de ficção, cada qual na sua especialidade, mas com uma semelhança, ambos são de “ Alienígenas”, e tem outros extraterrestres do mal de outro planeta mais distante querendo por algum motivo destruir nosso planeta (lógico Thor e John são os heróis) .

Thor me surpreendeu no visual, mas ‘pecou’ em algumas cenas que precisavam de maior riqueza de detalhes. E “Eu sou o Numero 4” de D.J Caruso salvou o filme pelo final poderoso (literalmente) e faltou o “Q” instigante para os próximos da série. Assistam e tirem suas próprias conclusões.

Thor: NOTA 9

Eu sou o numero 4: NOTA: 5

Por Fábio Ferreira

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