Em cartaz: Rio

Animação contagiante, divertida e com detalhes impecáveis


Um filme esperto, envolvente e que prende sua atenção até o fim, pois não é todos os dias que temos um longa-metragem retratando as culturas do nosso país, mais precisamente o Rio de Janeiro, cidade natal do diretor Carlos Saldanha na qual o grande diretor a presenteou com esta obra.

O diretor, já conhecido por “A Era do Gelo 2 e 3”, e o filme “Robôs”, caracterizado por fisgar o público pelo visual expõe o samba, a praia, os cartões-postais da cidade e o seu povo acolhedor incrementam a previsibilidade de cada cena da animação, fazendo dela um prazer de se acompanhar.

Blu, uma arara azul é o personagem principal da trama que já conhece os perigos da vida na floresta do Rio de Janeiro ainda filhote. Capturado por contrabandistas, junto com vários outros ele é levado para um distante e gelado país, aonde é acidentalmente resgatado por uma menina sardenta e com óculos largos, chamada Linda.
Os dois crescem juntos e desenvolvem uma relação de intenso amor. Até o biólogo carioca Túlio ao encontro da inseparável dupla, para convencer Linda a levar seu animal de estimação de volta ao Rio com o objetivo de salvar a espécie da total extinção. Os dois, então, partem, e encontram um mundo absolutamente diferente, Blu que nunca aprendera a voar conhece a encantadora jade, e com o futuro da espécie nas garras se conhecem...Mas Blu e Jade são sequestrados por um grupo de atrapalhados contrabandistas de animais e ...

Sinopse é apenas o resumo mínimo do filme, não gosto de contar a história toda de um filme justamente para instigar a outra pessoa a assisti-lo. Eu recomendo que saiam da realidade dos jornais diários e se deliciam em frente a tela do cinema. Um filme que poderia ser muito mais (como todo filme) mas encanta mesmo assim.

“Rio” passa ainda pelo Pão de Açúcar e Corcovado fazendo questão de mostrar a época do ano mais lembrada do Brasil, o “carnaval”. A única coisa que me incomoda no filme é por ser dirigido por um carioca, e mesmo assim focar o carnaval, favela (personagem do filme, um menino que mora abandonado na favela). Por mais que seja um filme de animação, o roteiro de Don Rhymer pecou em conteúdo. Pois intencionalmente este é o estereótipo do Brasil, mais uma vez expresso visivelmente em um filme.

Não se assustem quando falo um pouco agressivo, mas afirmo e repito, o Filme é ótimo e indico, mas como responsável por analisar tenho que observar os 2 lados da moeda, e despertar em quem estiver lendo esta coluna que, além de curtir o filme tirem suas próprias conclusões. Obs: Numa escala de 1 a 10, dou nota 8.

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