Sony pode cortar metade de sua divisão de smartphones até 2020

Até 2 mil pessoas podem perder seus empregos; corte de funcionários é consequência da constante queda de lucros da empresa no mercado de celulares


A Sony está se preparando para abandonar suas participações no mercado de smartphones. Isso porque a empresa japonesa de tecnologia planeja cortar até metade de sua equipe de trabalho na divisão de celulares até 2020 para de reduzir gstos, de acordo com o site Nikkei Asian Review. As demissões podem deixar até 2 mil pessoas sem emprego, mas a empresa deve transferir alguns desses trabalhadores para outras divisões. 

Não é a primeira nem a segunda vez, porém, que a Sony realiza demissões em massa e finaliza operações em razão de problemas financeiros e da cada vez mais crescente competitividade do mercado de smartphones. A companhia nunca conseguiu ocupar posição adequada para competir com igualdade com outros grandes produtores de celular. Ela tem lutado para concorrer com os líderes Apple, Samsung e Huawei, que estão investindo pesado no desenvolvimento de novos dispositivos 5G. 

Em 2009, a empresa demitiu 2 mil funcionários após fechar quatro fábricas de smartphones. Em 2012, a fabricante fez o mesmo corte na sua equipe e fechou uma das fábricas de lentes de câmeras e celulares no Japão. Três anos depois, mais mil pessoas foram mandadas embora em razão de queda de lucros da companhia. Já em 2016, parou de produzir aparelhos no Brasil. Além disso, fontes ligadas à Sony afirmaram ao Olhar Digital que a companhia se prepara para deixar o país.

Os cortes de empregos ocorrem no momento em que a indústria global de smartphones sofre uma das mais severas recessões dos últimos anos. As vendas mundiais devem cair pelo terceiro ano consecutivo neste ano, para 1,3 bilhões de unidades, segundo a empresa de análise de dados IDC (em tradução livre, Corporação Internacional de Dados).

De acordo com a Statista, empresa alemã especializada em estatísticas de mercado, enquanto quase 1,6 bilhões de smartphones foram vendidos em 2018, apenas 10 milhões deles eram da Sony. Os números podem ser um dos motivos que levaram a companhia a decisão de limitar as vendas de celulares no sudeste da Ásia e em outras áreas, para se concentrar na Europa e no leste da Ásia.
Apesar das dificuldades nas vendas, a Sony anunciou quatro novos smartphones durante o Mobile World Congress 2019, que aconteceu mês passado: Xperia 1, Xperia 10, Xperia 10 Plus e Xperia L3. 

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