Empresas estudam influência de jogos eletrônicos

Antes voltados para crianças, hoje os games focam o público adulto


A indústria bilionária dos jogos eletrônicos está entre as que mais crescem no mundo. Diariamente, ela segue conquistando novos adeptos, que varia de criança a adultos.  Por conta disso, partiu das próprias empresas a iniciativa de estudar a influência dos jogos nas pessoas.

Segundo a escritora e professora de pós-graduação da USP, Vani Moreira Kenski, 70% dos jogadores (denominado gamers) tem mais de 18 anos e 40% são mulheres.  Estes jogos que antigamente eram praticados mais em vídeo games, hoje em dia, também são utilizados através de rede, onde se permite maior interatividade e têm-se mais parceiros para a disputa.

Para Maxi Ribeiro, proprietário de uma lan house em Rio Verde, os jogos de rede podem ser bastante rentáveis. Ele afirma que fatura mais com esse tipo de jogo do que com acessos a internet. Segundo as pesquisas realizadas por seus criadores, os games desenvolvem o pensamento lógico e estratégico das pessoas, ajudando-as a ligar e manipular fatos do cotidiano.

Igor Laytynher Sandes, 26, que atua como mídias digitais, é um jogador assíduo desde os quatro anos de idade e afirma que o que mais lhe chama atenção nestes jogos são as histórias bem elaboradas e os gráficos muito bem trabalhados que se aproximam ao máximo do real. Já para Maurício Lisboa Atencio, 43, o poder de distração, a capacidade de aliviar o estresse e a possibilidade de reunir a família para tal, são o que mais lhe atrai nos games.

Cerca de 89% dos jogos possuem algum tipo de conteúdo violento, o que também segundo pesquisas, pode tornar as pessoas mais agressivas depois de muitas horas consecutivas de jogo. Com isso, alguns países proibiram games considerados extremamente violentos, como o Carmageddon, jogo de corrida que tem como objetivo atropelar pedestres a fim de acumular pontos. Há também relatos de pessoas que morreram de parada cardíaca após jogarem cerca de 30 a 50 horas diretas, sem intervalo para a alimentação ou ate mesmo para dormir.

Assassinatos nos Estados Unidos, Alemanha e, recentemente, também no Brasil foram relacionados aos games. Os autores dos crimes teriam se espelhado em personagens dos seus jogos favoritos para cometer tais atos. Mas alguns especialistas garantem que o comportamento agressivo é desvio psicológico e não meramente desenvolvido por jogos.

O que de fato tem ocorrido e que todos concordam é que esses games, agora também presente em celulares, têm afastado as pessoas cada vez mais de um convívio social, desviando para o virtual o tempo que seria para amigos, familiares, entre outros.

Por Jéssica Mendes Rosa – Acadêmica de Jornalismo – Faculdade Objetivo
Fonte: http://www.academicorv.blogspot.com.br/2014/03/empresas-estudam-influencia-de-jogos.html#ixzz2yOazIfPH

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