30 anos do Game Boy: parabéns para a capacidade visionária da Nintendo

A fabricante japonesa esteve na vanguarda dos videogames muitas vezes. O Game Boy é um dos maiores exemplos disso


Era 1989. Mais precisamente 21 de abril de 1989. Nesse dia, a Nintendo apresentou o Game Boy para o mundo e mudou, definitivamente, o cenário do universo dos videogames. Era a primeira vez que uma fabricante colocava o console nas mãos do jogador — e no seu bolso, para que pudesse ser levado a qualquer lugar. 

Se hoje jogamos títulos extremamente complexos e elaborados no celular, por exemplo, foi o Game Boy o primeiro a mostrar que essa era uma possibilidade e, por que não?, um desejo dos aficionados. Quem diria que a despretensiosa caixinha cinza com botões de controle coloridos e tela verde abriria espaço para tantas novidades? 

E o Game Boy certamente tem sua dose de NES (o console doméstico que o precedeu). Não à toa, o portátil vendeu algo como 118 milhões de unidades em todo o mundo (seu concorrente mais próximo, o Game Gear, da Sega, atingiu 10 milhões de peças vendidas).

Companhia constante
Uma das características mais marcantes do Game Boy era o fato de ele poder ser uma companhia constante para o jogador. Ao mesmo tempo, porém, podia ser jogado quando se tivesse tempo para ele — provavelmente depois de fazer as tarefas de casa ou outras atividades.

E muita gente ainda tem os consoles daquela época guardados em um cantinho especial. Obviamente, eles não se comparam aos títulos atuais — e talvez até nem funcionem mais —, mas o apego sentimental fala mais alto nesse caso.

O sucesso do console foi tanto que perdurou por muito tempo. Quase dez anos depois do lançamento, já em 1998, foram apresentadas opções coloridas — o Game Boy Color — e, em 2001, chegou o Game Boy Advance, com design mais arrojado. 

O sucesso do conceito pavimentou o caminho para o Nintendo DS, que chegou em 2004 para brigar com o robusto PSP, da Sony. O resultado foi que ele venceu a disputa e é, até hoje, a plataforma mais bem-sucedida da Nintendo.

Talvez seja justamente esse o grande mérito da Nintendo: fazer consoles com apelo para o jogador independentemente de suas especificações técnicas — basta dizer que o Switch não chega aos pés do PlayStation 4 ou do Xbox One X e, mesmo assim, já vendeu mais de 30 milhões de unidades.

É a experiência que eles proporcionam que conta. E o Game Boy demonstrou isso há 30 anos.

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