Um hospital, nenhum paciente

Deputados buscam soluções para o Hospital de Urgências de Santa Helena


Os deputados petistas Mauro Rubem e Karlos Cabral realizaram ontem, na cidade de Santa Helena, uma audiência pública para discutir a atual situação do Hospital de Urgências de Santa Helena, que conta com grande infra-estrutura, paga folha de pagamento aos funcionários concursados, custou quase R$ 24 milhões aos cofres do governo e não funciona. Isso mesmo, em um estado tão carente de infra-estrutura na área da saúde, um “gigante adormecido” se encontra parado e custando caro ao bolso do contribuinte goiano. Projetado para atender quase 600 mil pessoas por ano, o Hospital de Urgências não atende ninguém.

A audiência de ontem conseguiu mobilizar a população, que compareceu à sede da OAB local. Também estiveram presentes autoridades como a prefeita de Santa Helena Raquel Rodrigues; o assessor da Secretaria de Saúde e representante do Governo estadual, Carlos Luz Elias; o promotor de Justiça Sérgio Luiz, representando o Ministério Público; a presidente do Sindsaúde, Fátima Veloso e o presidente da Câmara de Santa Helena, Ari Manti.

Na audiência, todos os presentes prometeram o máximo de esforço para que o hospital volte a funcionar o mais rapidamente possível. O deputado Karlos Cabral afirmou que "poucos hospitais em Goiás estão tão bem preparados para atender a população como esse, e por isso mesmo vamos mobilizar a população e os funcionários até que o governo se sensibilize e abra as portas do hospital para à população”.

O representante do governo Carlos Luz disse que a administração estadual tem feito o possível para agilizar a conclusão da obra, mas que problemas técnicos impedem que o hospital funcione. Dentre os problemas, Carlos Luz citou falta do alvará de funcionamento do Corpo de Bombeiros, problemas com a ventilação e falta de rede de esgoto.

O hospital conta com 123 leitos, dos quais 20 da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sendo dez adultos, dez pediátricos e outros 18 leitos de observação. No local, também deveriam ser disponibilizados exames de média e alta complexidade, como ultrassonografia, tomografia, eletrocardiograma, radiologia convencional e de laboratório clínico. A administração está a cargo, através de contrato, da empresa Pró-Saúde.

No final da audiência, os presentes ainda foram barrados momentaneamente de adentrar o hospital, mas depois de alguma insistência e argumentação conseguiram entrar no recinto. Os deputados Karlos Cabral e Mauro Rubem se declararam impressionados com a estrutura do hospital, e prometeram maior empenho ainda para que toda a população seja beneficiada com a obra.

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