Sucessão 2012: desequilíbrio de forças

Com certo conforto natural de quem está no poder, o panorama político, em Rio Verde, ainda aguarda definições de ambos os lados. Forças políticas procuram solidificar suas bases e aglutinar apoios para a eleição municipal


Nos bastidores da política rio-verdense verdades e boatos já começam a tomar formas para sucessão em 2012. O certo é que até o ano que vem quase nada continuará como está. E o desequilíbrio gigantesco entre o grupo de situação e a oposição deverá diminuir.

Mas, enquanto 2012 não chega, o quadro político de Rio Verde é bem definido. Se de um lado a situação sob o leme do prefeito Juraci Martins de Oliveira (DEM), navega com naturalidade e tranqüilidade em águas calmas rumo a uma reeleição, de outro uma oposição, até agora, sem foco e sem um líder capaz de aglutinar todos no mesmo sentido, “luta” para encontrar o fio à meada.

O processo só não é mais tranquilo do lado da situação porque, ao que tudo indica, o candidato a vice na provável chapa de Juraci, para a reeleição, não será repetido com o PPS. Dessa forma o grupo aliado ao chefe do executivo ainda busca a definição de uma base. E, o PSDB e até mesmo o PP e o PDT, podem compor esse grupamento.

Na verdade o PP e o PDT, em nível estadual, conjunturalmente são oposição ao Democrata, todavia, em Rio Verde, ainda não definiram seu posicionamento político com muita clareza. Basta dizer que nas eleições passadas os Progressistas, em sua maioria, apoiaram a candidatura de Marconi Perillo (PSDB) ao governo e de Heuler Cruvinel (DEM) a Câmara Federal. E os Democráticos Trabalhistas rio-verdenses também foram unânimes em defender a bandeira das duas candidaturas. Outro fator predominante para se observa é que na Câmara de Rio Verde o PDT hoje ocupa a presidência com o vereador Elias Terra, aliado declarado dos democratas e o PP, com seus dois vereadores, também são intitulados como base governista.

O PSDB por sua vez segue a orientação do governador Marconi Perillo e deverá, dentro de uma aliança já anunciada no Estado, compor a administração de Juraci Martins. Rumores apontam para a criação de uma nova secretaria na prefeitura de Rio Verde, possivelmente a de Habitação, que seria ocupado por um tucano. A proposta foi ofertada ao ex-deputado Padre Ferreira, entretanto, devido compromissos assumidos com o governador, recusou a oferta, mas não descartou uma ampla parceria, inclusive, visando o cargo de vice na provável chapa de Juraci em 2012.

Oposição
Mas, como na política tudo pode mudar em questão de segundos, dependendo da postura e agilidade do PMDB, principal sigla oposicionista na cidade, a situação poderá enfrentar grandes tempestades até as eleições de 2012 e o cenário atual poderá sofrer modificações. O partido do movimento democrático também é o principal responsável pela posição estática da oposição. Acontece nos últimos 10 anos insistiu com a candidatura de Wagner Guimarães (único candidato do partido a prefeito, deputado estadual e federal do PMDB), afastando assim novas lideranças políticas. Com isso, mesmo possuindo ampla maioria na base oposicionista, não é absoluto e a falta de nomes poderá atrapalhar, mais uma vez, a intenção dos peemedebistas em voltar ao comando do Palácio da Liberdade depois de 29 anos. (Osório Leão Santa Cruz foi o último prefeito do PMDB a sentar na cadeira de prefeito em Rio Verde, de 1983 a 1988).

Ainda falando de oposição, outro partido que poderá quebrar hegemonia da situação é o PT. Na verdade o Partido dos Trabalhadores, em Rio Verde, é muito menor que o PMDB, mas é quem, no momento, está com o baralho nas mãos e poderá coordenar as posições junto à mesa central do grupamento oposicionista. Os petistas conquistaram uma cadeira na Assembleia Legislativa com Karlos Cabral e existe uma forte tendência que ele seja o candidato a prefeito em 2012. Resta saber se o PT terá argumentos suficientes para arrebanhar o PMDB e outras siglas em torno da oposição. Já os partidos menores vivem e sobrevivem como podem. Ora com tendência para um lado, ora em outra direção.

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