Saneago ignora lei das estatais e coloca políticos em conselho

A Lei das Estatais determina critérios para escolha dos conselhos, diretores e presidentes. O objetivo é diminuir a ingerência política nas empresas


A Saneago é a estatal goiana que mais ignora a Lei das Estatais, sancionada em 2016 e que passou a valer no último sábado, 30 de junho. De acordo com levantamento do jornal O Popular, cinco dos oito membros do conselho administrativo são filiados a algum partido. Entre eles, o próprio presidente da empresa, Jalles Fontoura. É o maior número entre as 11 empresas mantidas pelo Estado.

A Lei das Estatais determina critérios para escolha dos conselhos, diretores e presidentes. O objetivo é diminuir a ingerência política nas empresas.

No caso da Saneago, os desmandos do governo estadual já são sentidos há tempos. Em 2016, por exemplo, a Operação Decantação apurou o uso político da empresa. À época, a investigação do Ministério Público respingou em nomes de tucanos e fez sair de cena o então presidente José Taveira Rocha e o presidente estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves.

Já a população marga no bolso a falta de planejamento e de estrutura da empresa. Neste mês, por exemplo, a taxa cobrada pela água e pelo esgoto subiu. Já a captação do Rio Meio Ponte deve ser reduzida pela metade, prejudicando produtores rurais e industriais. Questão de tempo para que a água na torneia comece a rarear.

Goiás Real

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