Rede estadual de ensino entrará em greve na segunda

Professores protestaram ontem contra medidas do governo Marconi Perillo


Professores da rede estadual de ensino decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (6). Centenas de alunos e funcionários da educação compareceram ao Jóquei Clube de Goiás, no centro de Goiânia, para definir o rumo da categoria.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), Ieda Leal, o motivo principal da paralização foi a incorporação de gratificações ao piso salarial. A sindicalista destaca que a categoria pretende dialogar com o governador Marconi Perillo para tentar melhorar as condições para a classe.
“O motivo é o achatamento da nossa carreira, os administrativos que não fizeram a correção na data certa e a questão do quadro transitório. Não somos irresponsáveis", aponta.

Segundo a professora de história Iara Ferreira da Mata, a greve é um direito da classe, em virtude de bons resultados. “Tiraram os nossos direitos”, relata.
A estudante da Escola Estadual Ari Ribeiro (Finsocial), Joyce Barroso Reis é contra a paralização por prejudicar alunos. “Vai atrapalhar tudo e nós teremos que estudar nas férias. A greve deve ser justa”, afirma.

Governo
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informou “que o Estado cumpre a Lei do Piso Salarial dos Professores, conforme compromisso firmado com a categoria. No mês de janeiro, foi aplicado o valor de R$ 1.395,00; em fevereiro, este valor será reajustado para R$ 1.460,00 - ambos superiores ao estabelecido pelo Ministério da Educação, que é de R$ 1.187,00. Somente a partir deste início de ano foram investidos, por parte do governo, mais de R$ 330 milhões – incluindo os valores do bônus Reconhecer – na valorização do profissional da Educação”.

A Secretaria de Estado da Educação afirma que "esta paralisação não se justifica e que tomará, portanto, todas as medidas legais cabíveis para restabelecer a rotina nas escolas da rede pública estadual. A secretaria também esclarece que antes da iniciativa do sindicato, deveriam ser esgotadas todas as possibilidades de diálogo, uma vez que este tipo de radicalidade não contribui em nada para a melhoria da Educação em Goiás. De acordo com a Secretaria, as mudanças salariais aliadas à política de desempenho dão novas perspectivas aos professores em Goiás e mantém todas as conquistas dos trabalhadores da educação no estado.

Fonte: Portal 730, com informações do repórter Samuel Straioto. Foto: Rubens Salomão

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