Professores e servidores da Educação em Goiás fazem paralisação para exigir salários de dezembro

Segundo o Sintego, mobilização é feita em todas as regiões do estado. Seduce disse que faz levantamento de unidades afetadas


Professores e servidores da Educação em Goiás fazem uma paralisação, nesta terça-feira (22), para exigir o pagamento dos salários de dezembro, que já estão atrasados desde o último dia 10 – prazo legal para que fossem pagos. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego), a mobilização é feita em todas as regiões do estado. A instituição não divulgou o percentual de escolas sem aulas.

A Secretaria de Educação informou por telefone que está fazendo um levantamento sobre quantas escolas estão sendo afetadas pelo ato e deve divulgar um posicionamento no início da tarde desta terça-feira.

A presidente do Sintego, Bia de Lima, afirmou que o objetivo da paralisação é fazer uma advertência para o governo do estado em relação à responsabilidade de que o pagamento dos salários seja feito em dias.

“Estamos com escolas paradas em tudo quanto é canto de Goiás, e nossas equipes regionais estão visitando as unidades para sabermos o percentual de adesão à mobilização. Nós devemos manter este protesto, esta paralisação, até amanhã [quarta-feira] à tarde, que é quando vamos nos encontrar como governo e saber se eles decidiram acatar a nossa reivindicação”.

Apesar de nem a Seduce nem o Sintego ainda terem um balanço de quantas escolas estão sem aulas devido à paralisação, o G1 e a TV Anhanguera apuraram que há 18 unidades paralisadas em Rio Verde, na região sudoeste de Goiás, 6 em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. O ato também é suspendeu as atividades em escolas de Anápolis, Caldas Novas, Trindade, São Luiz do Norte, Gouvelândia, Aparecida de Goiânia e na capital.

“A situação chega a ser ainda mais grave no interior do estado, porque, além de estarem sem receber os salários, muitos trabalhadores estão se desdobrando para tapar buracos. Faltam professores, faltam servidores. Na região do Entorno a gente ainda pode destacar a insegurança, uma região carente de proteção na região das escolas, enfim, a indignação é total”.

‘Outras demandas’
A presidente do Sintego afirmou que, além do salário de dezembro, muitos professores estão exigindo solução para problemas como a falta de progressão, que está parada há três anos, a falta de modulação, além da questão do vale alimentação. Apesar destas reclamações, a presidente do Sintego disse que a prioridade é resolver o problema da folha de dezembro.

Ela afirma que deve se reunir com o governo do estado às 16h de quarta-feira (23) para saber se acataram ou não a proposta feita na segunda-feira. Bia disse que, dependendo do resultado, vai se reunir com a categoria para discutir quais serão os próximos passos.

“Não queremos prolongar isso, é algo urgente que deve ser resolvido já. Mas temos a nossa força e podemos tomar outros rumos caso isso não se acerte. Temos muitas outras demandas para discutir com o governo de Goiás e precisamos acabar logo com essa história de salário de dezembro para podermos ampliar este debate e poder discutir e exigir todos os direitos dos trabalhadores, mas receber salário é algo básico, primordial”, disse.

G1

Compartilhe

Comente: Professores e servidores da Educação em Goiás fazem paralisação para exigir salários de dezembro