Para prefeito, "administrar é saber ouvir o povo"

Confira a entrevista de Juraci Martins ao Jornal O Hoje, de Goiânia


O prefeito Juraci Martins concedeu entrevista ao jornal O Hoje, que a publicou na edição de ontem, 6 de dezembro. O Rio Verde Agora reproduz aqui para os seus leitores a entrevista na íntegra:

Ao se definir como “pediatra social”, o médico e prefeito de Rio Verde, Juraci Martins, demonstra ter o diagnóstico dos problemas sociais de seu município. Imediatamente, dá a receita certa para que a cidade firme a reputação de forte polo econômico: “O Porto Seco, assentado em plataforma multimodal,  atenderá à demanda por carga na região, assegurando seu pleno desenvolvimento”.  Ele migrou para o PSD por contingência: “Fui alertado pelo senador Demóstenes Torres e pelo vice-governador José Eliton de que o Ronaldo (Caiado) iria me tomar o DEM”.  (Mirelle Irene, Charles Daniel, Mariza Santana e Ivan Mendonça)

O HOJE: Quais são os destaques de sua administração até agora?
Juraci Martins  – Bem, os destaques maiores da nossa administração é o secretariado de apenas 14 pessoas gabaritadas, dois cargos políticos, e um corpo técnico qualificado. Todos estão seguindo um plano administrativo pré-fixado, que foi escolhido pela população. Vou cumprir todos os compromissos de campanha,  até o ano que vem. O que nós inovamos em Rio Verde foi saber ouvir o povo. Nosso plano administrativo é exclusivamente voltado para a população, principalmente os mais carentes, que representam praticamente 80% da população. Desenvolvimento solidário é o mote de nossa administração. Há 30 anos disse a mim mesmo: se um dia for prefeito, serei o promotor  do desenvolvimento com solidariedade, mobilizando toda a sociedade para que todos se beneficiem do progresso de forma a reduzirmos as desigualdades sociais.

Rio Verde está entre os cinco municípios que mais exportam em Goiás e tem um dos maiores PIBs em termos municipais.   Como é a política de atração de investimentos para o município?
Ainda estamos fazendo a base. Na realidade, ainda não atraímos tantas empresas, mas estamos construindo a infraestrutura. A base administrativa para o salto que Rio Verde vai dar já está praticamente pronta. A partir de 2012, vamos desencadear uma política de atração de novas indústrias. Vamos criar uma plataforma – com aeroporto moderno, estação rodoviária, tudo que for necessário para atrair investimentos em todos os setores. Nós já compramos inclusive a área de 42 mil alqueires e vamos instalar o Porto Seco. A Agência Nacional de Transporte Terrestre já autorizou a nossa plataforma multimodal. Vamos buscar o mesmo apoio na Valec e estaremos estruturando o grande polo de desenvolvimento da cidade, e que será um dos maiores do Estado.  Nossa experiência administrativa nos diz que a iniciativa privada é que realmente tem capacidade de investir, de racionalizar a produção e oferecer serviços mais baratos e eficientes. Portanto, terceirizar serviços é uma das nossas metas.

Fala-se que houve uma revolução com a chegada da Perdigão ao município. Que análise o senhor faz disso?

São vários os desdobramentos positivos para a cidade com a instalação da Perdigão. Hoje, Rio Verde é o centro brasileiro que detém a maior empresa de transformação de alimentos da América Latina. O município é  a região polo do sudoeste de Goiás. Estado que, para mim,  é o melhor do Brasil. O mais importante da administração não é você fazer obras, obras que graças a Deus nós já temos mais de 70. Estamos fazendo grandes obras em Rio Verde, mas o mais importante é que estamos adequando a cidade para que ela cresça oferecendo qualidade de vida à população.

O senhor falou muito das potencialidades. Quais são os desafios à espera de soluções em Rio Verde?
Não temos favela em Rio Verde, a cidade estará em breve 100% asfaltada, vamos ter dentro de uns quatro ou cinco anos todo estruturado o serviço de escoamento de  água pluvial, todo o  saneamento básico, e haveremos de conquistar altos índices de atendimento na saúde, na educação, na cultura, esporte e lazer.

Rio Verde ganhou destaque na mídia nacional, atraindo muita gente. Essa migração não causou problemas sociais graves?
O agronegócio é a principal atividade econômica da cidade, mas Rio Verde precisa de profissionais em muitas áreas, devido à crescente expansão de todas as atividades na cidade.  Hoje o agronegócio está exigindo a qualificação até para tocar uma máquina, tudo está computadorizado.  Todo indivíduo que tiver qualificação consegue um emprego. Quem não estiver preparado, não pense que Rio Verde é o grande Eldorado. É um polo em grande fase de desenvolvimento e que requer competitividade em todas as áreas.

A Ferrovia Norte Sul é uma realidade, ela realmente vai passar por Rio Verde, dando condições para a plataforma multimodal?
Eu confio plenamente que vamos ter a nossa plataforma, e ela será toda estruturada com o capital privado, até porque o potencial econômico de Rio Verde é um forte atrativo para os investimentos privados. Já existem empresas, inclusive estrangeiras, querendo investir no município. Eu contratei, por R$ 50 mil, um estudo técnico de demanda de carga que comprovou que  Rio Verde tem 8 vezes a demanda de Santa Helena e Quirinópolis. Então, nós temos fortes trunfos para atrair os investimentos. Veja que a presidente Dilma está terceirizando os aeroportos. Estamos no caminho certo.  

Prefeito, o senhor concorda com a declaração de José Eliton que disse que a Celg não deve o ICMS às prefeituras?
Só sei que vou receber logo.

Então deve mesmo?
Deve, claro, comigo ele não falou isso, não, não vou entrar muito nessa, não. O fato é que nós vamos receber uma bolada boa. Dentro de uns 30 dias esse problema com a Celg será resolvido.

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