Marconi nega envolvimento do governo com Cachoeira

Governador afirma "não ser investigado"


O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), negou nesta terça-feira (24) qualquer envolvimento de seu governo com o empresário de jogos ilegais Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Perillo é citado em gravações feitas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo. Em um dos áudios, Wladimir Garcez, ex-vereador de Goiânia, diz a Cachoeira que teve uma conversa "de irmão" com Perillo, no gabinete do governador. Em outra gravação, Cachoeira diz que o governador é dono de um avião Cessna, que custou R$ 4 milhões, em sociedade com dois empresários.

"Eu não sou investigado, meu nome não é citado na investigação. Existem algumas citações irresponsáveis em relação ao meu nome, acho que pessoas querendo vender facilidades. O governo do Estado não tem envolvimento em nenhuma dessas investigações que foram feitas na Operação Monte Carlo", afirmou Perillo após participar de solenidade no Palácio do Planalto.

Desgaste
Questionado se iria à CPI do Cachoeira, criada semana passada no Congresso Nacional, o governador afirmou que irá "com todo o respeito ao Parlamento que sempre tive". Perillo disse ainda ter a confiança de seu partido.

"Se amanhã eventualmente o governo de Goiás estiver envolvido em qualquer desses eventos investigados na Operação Monte Carlo, é claro, que aí sim sobrará desgaste [com a legenda]. Como a verdade sempre prevalece, eu estou muito tranquilo em relação a isso."

O governador não quis comentar o pedido feito por Cachoeira à Justiça para anular as provas obtidas pela Polícia Federal durante a Operação Monte Carlo: "Isso não me diz respeito. (...) Não há um ato sequer do governo do Estado que possa ter beneficiado, com o conhecimento meu ou de secretários, esse grupo, e nem os envolvidos nessa operação."

Folha.com

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