Juraci lidera pesquisa para prefeito

De acordo com Ipem/Tribuna do Planalto, Karlos Cabral aparece em segundo, como nome mais forte da oposição em Rio Verde e reforça tendência de polarização


O prefeito de Rio Verde, Juraci Martins (PSD), assume uma posição confortável em todos os cenários da pesquisa estimulada Ipem/Tribuna do Planalto,  quando uma cartela com os nomes dos pré-candidatos é apresentada ao eleitor. O levantamento ouviu 410 pessoas e foi feito nos dias 3 e 4,  com margem de erro de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

No primeiro cenário – no qual são apresentados ao eleitor os nomes de Juraci Martins, do deputado estadual Karlos Cabral (PT), do ex-deputado estadual, Wagner Guimarães (PMDB), e do presidente do DEM municipal, Rildo Mourão , o prefeito de Rio Verde aparece com 58% das intenções de voto, 31,7 pontos porcentuais à frente do segundo colocado.

Karlos Cabral aparece com 26,3% e com uma distância considerável, 19,5% pontos porcentuais, do terceiro colocado, Wagner Guimarães, com 6,8% das intenções do voto. Nesse cenário, o último colocado foi Rildo Mourão, que obteve 1,5% da preferência dos 410 eleitores entrevistados. O porcentual de eleitores que não souberam opinar em quem votar foi de 7,1%, já os que disseram que votariam em nenhum dos pré-candidatos foram 1,2%.

No segundo cenário, o porcentual de Juraci varia 3,2 pontos porcentuais, de 58% para  61,2%, quando o nome Wagner Guimarães é substituído por Leonardo Veloso, ambos peemedebistas. Karlos Cabral aumenta as intenções de voto em apenas 0,5 ponto porcentual, 26,8% e Leonardo aparece com apenas 2,0. Já o nome de Rildo Mourão se mantem com 1,5% das intenções de voto.  

Na terceira cartela, é retirado os nomes dos pré-candidatos do PMDB, partido aliado do PT e que pode vir a apoiar uma possível candidatura de Karlos Cabral.  Nesse cenário, o petista varia menos de dois pontos porcentuais, passando 26,8% para 28,3%. As intenções de votos ao prefeito de Rio Verde não se alteram, mantendo-se em 61,2%. Rildo Mourão aparece com 1,7%.

O porcentual de Juraci Martins cresce, chegando a quase 73%, quando Karlos Cabral é retirado do quarto cenário. O prefeito aparece com 72,9%, contra 7,6% do recém-filiado ao PMDB, Leonardo Veloso, ou seja, 65,3 pontos porcentuais. O porcentual do democrata Rildo Mourão varia para cima, 2,4%. Nesse cenário, o número de indecisos salta pra 11,2%, contra 7,1% dos últimos três.

No quinto cenário, também sem Karlos Cabral, Juraci aparece com 70,5%, contra 9,3% do peemedebista Wagner Guimarães, 3,9% de Rildo Mourão. O número de pessoas que não souberam opinar se manteve em 11,2%, já os disserem que não votariam nos candidatos apresentados foi de 5,1.

No sexto e último cenário, quando é confrontado dos nomes de Juraci Martins e Karlos Cabral, o prefeito aparece com 57,3% contra 33,9% do deputado estadual, 23,4 pontos porcentuais de diferença. O número de indecisos ficou em 6,8% e de pessoas que não tem preferência por um dos dois candidatos foi de 2%.  

Idade e sexo
Na análise estratificada da pesquisa Ipem/Tribuna do Planalto, no cenário no qual está Karlos Cabral (PT), Wagner Guima­rães (PMDB) e Rildo Mourão (DEM), o pre­feito Juraci Ma­rtins (DEM) apresenta melhor de­se­mpenho entre os homens, 63,1%. Entre as mulheres, o índice é de 53,3%.

Karlos Cabral tem melhor desempenho entre as mulheres nesse cenário, 27,4%, contra 25,3% com os homens. Wagner Guimarães apresentar maior inserção no sexo feminino, 8,0%, contra 5,6% no sexo masculino. Rildo Mourão aparece com 1,0 entre os homens e não pontua entre as mulheres.

Nesse mesmo cenário, Juraci Martins tem maior inserção entre os eleitores com mais de 56 anos, 78,2%, e apresenta menor índice entre os eleitores mais jovens, entre 16 e 24 anos, 52,2%. Já Karlos Cabral apresenta nessa faixa etária seu segundo melhor índice, 30%, perdendo apenas para os eleitores entre 36 e 45 anos, 31,8%. Seu pior desempenho está entre os rio-verdenses com mais 56 anos, 12,7%.

Entre os eleitores com nível superior completo, Juraci Martins apresenta seu pior desempenho (41,9%), diferente de Karlos Cabral, setor no qual resgistra seu maior índice, (39,5%). Entre os eleitores com ensino médio completo ou ainda cursando uma faculdade, o prefeito tem a maior inserção (73,4%), setor  que o deputado estadual do PT tem seu pior desempenho (10,1%).

Na estratificada, Juraci Martins apresenta bom desempenho entre os eleitores que tem renda de 3 a 6 salários mínimos (67,4%). O prefeito de Rio Verde tem menor inserção (47,3%) entre os rio-verdenses com renda de 7 a 9 salários. Já o deputado Karlos Cabral apresenta bom desempenho neste segmento (43,6%) e registra o pior índice (22,1%) entre os entrevistados com rendimentos entre 3 a 6 salários.

É possível observar também a polarização de Juraci e Karlos Cabral também entre as religiões Católica, Evangélica e Espírita. O prefeito apresenta seu melhor desempenho entre os católicos e o índice entre os evangélicos. Já o deputado federal apresenta números contrários. Registra boa inserção junto aos protestantes, enquanto entre frequentadores da Igreja Católica apresenta o pior índice.

PMDB perdeu força
A supremacia do prefeito Juraci Martins de Oliveira (PSD) em todos os cenários apresentados ao eleitor de forma estimulada na pesquisa Ipem/Tribuna do Plana­lto e a recorrente presença de Karlos Cabral (PT) na segunda posição apontam uma clara tendência de polarização na disputa em 2012. Inde­pen­dentemente do nome, o PMDB não teria condições de oferecer um candidato competitivo se as eleições fossem hoje. O fraco de­sem­penho dos peemedebistas Wagner Gui­ma­rães e Leonardo Veloso cria uma margem de diferença muito grande em relação aos dois primeiros colocados na pesquisa.

A tendência de uma disputa polarizada entre os representantes do PSD e do PT é reforçada pelos resultados do quarto cenário, em que Juraci Martins só amplia a vantagem sobre os demais adversários quando Karlos Cabral é retirado da simulação. Sem o candidato do PT, que encarna a imagem da oposição no município, o grupo adversário não consegue fazer frente à força da máquina administrativa. A performance pífia do DEM, representado pelo seu presidente Rildo Mourão, também apontou que o partido ficou desidratado depois de perder o prefeito para o PSD.

Por Fernando Machado – Publicado no jornal Tribuna do Sudoeste

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