Governo quer valorização de professores
Secretário de Educação quer garantir piso de R$ 1.024 para professores da rede estadual
Um dos principais pontos do projeto de Reforma Educacional elaborado pela Secretaria Estadual de Educação é a valorização dos profissionais da área. O secretário Thiago Peixoto pretende garantir o piso salarial nacional dos professores, que hoje é de R$ 1.024 reais e deve ser reajustado agora no começo do ano. Numa segunda etapa, será criado um piso salarial regional maior que o nacional e direito previdenciário
A reforma cria a Academia de Lideranças para formar gestores educacionais. Os diretores devem fazer cursos de qualificação para melhorar a gestão escolar e vão receber bônus por desempenho. “Nós percebemos que as escolas onde o diretor tem experiência ou consegue fazer um bom trabalho se destacam muito”, reforça Thiago Peixoto.
O sistema de ensino das 100 escolas de tempo integral será revisto. A meta é criar o Projeto Aluno de Tempo Integral. O estudante passaria um período na escola e o outro envolvido com atividades esportivas, de lazer e de cultura em ambientes diferentes, como clubes e centros culturais. A mudança vai facilitar a ampliação do número de vagas para o período integral e tornar a rotina do aluno menos cansativa.
A secretaria pretende implantar ainda o Sistema de Avaliação do Estado de Goiás para verificar o desempenho das escolas. Através da avaliação de cada aluno, o Estado poderá verificar como está o ensino na rede estadual. Os cerca de 700 mil estudantes devem fazer uma prova uma vez por ano. Com base nos resultados do teste, a secretaria vai traçar as estratégias para melhorar o ensino.
A Reforma Educacional também vai criar uma rede de colaboração entre as escolas. A idéia é implantar uma rede virtual onde os profissionais possam trocar experiências. Educadores do interior, por exemplo, poderão conhecer os projetos desenvolvidos em uma escola de Goiânia, sem precisar sair da cidade.
As mudanças serão feitas com a ajuda de consultorias nacionais, quase sem custos para o Governo. A secretaria deve contar com o apoio do Movimento Brasil Competitivo, uma entidade formada por empresas brasileiras que financiam projetos na área da educação. A meta é implantar a Reforma Educacional até maio deste ano.