Entrevista exclusiva com Paulo do Vale: “Responsabilidade para não ter que voltar atrás”

Depois de 14 dias de portas fechadas, o comércio e as atividades de prestação de serviços em Rio Verde retomaram as atividades no dia 20 de julho, ainda com regras sanitárias rigorosas para conter a disseminação do coronavírus


Depois de 14 dias de portas fechadas, o comércio e as atividades de prestação de serviços em Rio Verde retomaram as atividades no dia 20 de julho, ainda com regras sanitárias rigorosas para conter a disseminação do coronavírus. Segundo o prefeito Paulo do Vale, se a comunidade rio-verdense fizer a sua parte não será preciso voltar a fechar as portas novamente. 

Qual é a possibilidade do comércio ser obrigado a fechar novamente as portas?
Nossa meta é não ter que fechar mais nenhuma vez de agora em diante. Não existe previsão para novo fechamento. Estamos confiantes na consciência do cidadão e da família rio-verdense. Estamos levando uma mensagem a todos os segmentos sociais sobre a importância de cada um fazer a sua parte nesse momento crucial. Se todos agirem com responsabilidade, não precisaremos voltar atrás. 

Em Goiânia os bares já voltaram a funcionar. Por que em Rio Verde isto ainda não é permitido?
Para liberar este ou aquele segmento, é preciso antes nos certificar de que isto é ou não seguro. Estamos estudando juntamente com o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES) e com representantes do setor, uma forma segura para a reabertura dos bares na primeira ou segunda quinzena de agosto. 

Qual é o planejamento para o retorno das igrejas?
Nós já liberamos cultos um dia por semana. Em agosto será liberado mais um dia, desde que respeitado todo o regramento sanitário. No final de agosto, se os indicadores continuarem com viés de baixa, será autorizado um terceiro dia na semana para os cultos religiosos. E assim por diante. Lembrando que cada templo pode realizar até três cultos no mesmo dia. 

O que deu ao sr a segurança para permitir esta reabertura do comércio?
A estrutura hospitalar da rede pública que foi montada em Rio Verde certamente é uma delas. A taxa de ocupação de leitos no Hospital de Campanha e no Hospital Municipal Universitário nunca passou de 50%, o que nos fornece um nível de segurança bastante considerável. O alto número de curados também é outro fator importante, assim como a queda no índice de transmissão da doença. 


Muitas pessoas criticam o comportamento do rio-verdense e dizem que a população não vai colaborar. O sr concorda?
Não, não concordo. Estou muito confiante na consciência do cidadão e da família rio-verdense. Não só os que são de Rio Verde, mas todos que vivem aqui. Tenho me reunido com todos os segmentos sociais pregando a importância de cada um fazer a sua parte e o apoio que recebemos é realmente muito gratificante. Entre as maiores cidades de Goiás, Rio Verde é a que tem tido a média de isolamento social mais elevado durante a pandemia. Claro que sempre vão existir pessoas que não pensam no próximo, mas é um erro generalizar. De um modo geral, as pessoas entenderam o recado. Eu diria que nunca foi tão importante manter o isolamento social, o distanciamento e todas as normas de higienização quanto agora.

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