CPI da Enel em Rio Verde

A comissão que investiga possíveis irregularidades nos serviços de fornecimento energético se reuniu em Rio Verde, nesta segunda-feira. Presidente Lissauer Vieira participou da audiência, conduzida por Chico KGL


A Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga possíveis irregularidades nos serviços de fornecimento energético no Estado, CPI da Enel, realizada na cidade de Rio Verde, ouviu deputados, produtores rurais, vereadores e representantes da sociedade local. Durante toda a tarde desta segunda-feira, na sede da Câmara Municipal, foram discutidos problemas e apontadas soluções para minimizar, por exemplo, os efeitos das constantes quedas de energia na região.

Os trabalhos foram conduzidos pelo deputado Chico KGL (DEM), cujo debate contou com a participação do presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB), e dos deputados Alysson Lima (PRB), Rafael Gouveia (DC), Cairo Salim (Pros) e Karlos Cabral (PDT). O evento foi prestigiado, também, pelo vereador Idelson Mendes (PMN), que preside a Câmara Municipal local, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (Seção Goiás), Lúcio Flávio de Paiva, advogado da Enel Goiás.

KGL se solidarizou com manifestações proferidas por alguns vereadores locais, a exemplo do próprio presidente da Casa, Idelson Mendes (PMN), que externou sentimento de frustação com as respostas obtidas do advogado da distribuidora em Goiás, Lúcio Flávio.

De uma forma geral, as pessoas presentes reclamaram de prejuízos sofridos tanto pelos que residem na zona urbana quanto rural, em decorrência das constantes quedas de energia e da consequente demora no reestabelecimento dos serviços elétricos. Segundo os moradores, tais ocorrências têm afetado sobremaneira o setor produtivo e o comércio local. Os impactos negativos estão sendo percebidos, sobretudo, na produção leiteira e de milho irrigado.

No início da sessão, o presidente Lissauer Vieira, que também representa os setores do agronegócio locais, fez moção de repúdio à má qualidade dos serviços energéticos na região. “O que temos visto é uma empresa omissa e sem condições de gerir a energia no nosso estado, além de cobrar caro a tarifa, apavorando todos do setor produtivo”, pontuou.

Lissauer fez questão de ressaltar que não é contra empresas privadas assumirem empresas públicas, mas desde que forneçam serviços de qualidade à população. “Mas o que temos visto é o pior serviço do ramo. Exigimos uma empresa séria e justa, que traga serviço de qualidade. Não podemos travar o desenvolvimento do nosso estado, que passa por uma crise, diminuindo custos e condições de trabalho para empresários. Não podemos conviver com isso”, enfatizou.

Ao responder às diversas críticas apresentadas pelo público presente na reunião da CPI, o advogado da Enel Goiás insistiu no argumento de que a empresa está cumprindo todas as cláusulas previstas, tanto no contrato de compra e venda da Celg quanto no de concessão pública realizado junto a Aneel.

Lúcio Flávio também reiterou defesa anteriormente apresentada de que as dificuldades enfrentadas pela companhia italiana, quanto ao devido suprimento das inúmeras demandas de abastecimento energético do Estado, são resultados de políticas de investimentos inadequados realizados antes mesmo da privatização.

“Entendo a insatisfação dos consumidores, mas não podemos resolver 20 anos de graves equívocos na condução de uma empresa estatal com apenas dois anos de operação”, arrematou.

Ascom Alego

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