Caiado diz que novo decreto será 'rígido' e vai liberar só mercados, farmácias e setor de produção de alimentos
Ele afirmou que medida mais restritiva visa aumentar novamente o índice de isolamento social. Governador revelou que não irá seguir decreto presidencial, que torna academias como 'essenciais': 'De maneira alguma'.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou nesta terça-feira (12) que vai baixar um novo decreto mais “rígido” em relação ao coronavírus e voltar a liberar somente serviços essenciais, como supermercados e farmácias. O documento, ainda sem data para ser publicado, deve ser nos moldes do que foi editado em 13 de março, que determinou situação de emergência em saúde pública.
Em entrevista à Rádio CBN Goiânia, Caiado disse que a medida é importante para voltar a aumentar o índice de isolamento no estado, que já foi o primeiro no ranking, mas depois caiu e agora está entre os últimos.
Questionado se a situação no estado voltaria ao que foi estipulado no primeiro decreto, em março, bastante restritivo, Caiado respondeu: "Exatamente, voltar a ser apenas a parte essencial. Agora com muito mais estrutura, com toda minha área de segurança pública".
O governador avalia como essenciais apenas hospitais, supermercados, farmácias e o setor de transformação de alimentos. Ele afirmou que o decreto está sendo redigido "rapidamente" e foi motivado pela mudança de comportamento em relação ao isolamento da população.
"Chegamos a 37% [de índice de isolamento]. Vamos baixar um decreto mais rígido e vamos fazer com que haja um fechamento significativo das atividades econômicas, prevalecendo apenas o que é essencial mesmo, o que significa hospitais, drogarias, supermercados e transformação de alimentos", enumerou.
"Fora isso, vamos manter um isolamento no estado de Goiás e como tal, buscando um percentual de isolamento que se aproxime dos 60%", completa.
O governador afirmou que o novo decreto deve ter prazo de 10 a 15 dias. Neste período, diz, vai avaliar a situação para decidir sobre novas regras de combate à pandemia.
Decreto presidencial
Caiado foi questionado se irá seguir o decreto do presidente Jair Bolsonaro, publicado na segunda-feira (11), incluindo na lista de "serviços essenciais" atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes.
Ele afirmou que "não tem a menor hipótese" de acompanhar a decisão de Bolsonaro e fez críticas, especialmente, à liberação de funcionamento das academias de ginástica.
"De maneira alguma [irá seguir o decreto presidencial]. As exceções são em relação a farmácias, aos hospitais, a área de alimentação, de indústrias de transformação. É unicamente isso neste momento", pontua.
"Como você vai colocar uma pessoa convivendo em um ambiente fechado, as pessoas em intensa sudorese, tocando todos os aparelhos. Ali também, gotículas de saliva, pessoas intercalando cada aparelho de academia. Não tem a menor hipótese, não será de maneira alguma autorizado no estado de Goiás", sacramenta.
G1