O especialista Dionattan Coutrin Figueiredo explica como deve ser o futuro das eleições

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Poucas áreas foram tão profundamente modificadas pela revolução tecnológica nos últimos tempos como as campanhas eleitorais. Existe uma tecnologia eleitoral moderna à disposição dos candidatos. Recursos como computação gráfica e visual, computador, televisão, internet, que até pouco tempo pareciam pertencer a um futuro distante, vêm sendo aperfeiçoados a cada dia. Esta evolução tecnológica opera uma lógica ainda mais revolucionaria: a lógica da rapidez de acesso, da portabilidade e do armazenamento e gerenciamento de informações.

A campanha eleitoral moderna, ao incorporar todos estes avanços, tornou-se uma operação muito mais sofisticada, complexa e cara, passando a exigir profissionais especializados para operá-la de forma adequada e satisfatória. Os Consultores de estratégia, os publicitários, os pesquisadores, advogados e contadores, foram trazidos para o núcleo das campanhas. Com isto, deslocaram para posições de menor poder aqueles colaboradores, que tradicionalmente, faziam as campanhas com base experiências de eleições anteriores.

A campanha eleitoral fundamentada na intuição e na experiência já é coisa do passado, embora intuição e experiência continuem sendo indispensáveis para o sucesso eleitoral. Pesquisa, estratégia e publicidade constituem o núcleo central da campanha eleitoral moderna, e essas funções que se pode identificar o grau de modernidade de uma campanha.

Dentro deste modelo moderno, estas três funções ocupam posição de centralidade, exigem o recrutamento de profissionais especializados, que desenvolvem atividades permanentes e ininterruptas durante toda a campanha e que integram o grupo de planejamento e decisão que se reúne em torno do candidato. A melhor campanha tem incomparáveis chances de vitória.

O candidato capaz de montar e operar uma campanha eficiente, mais organizada, que melhor se comunica com mensagens claras e relevantes aqueles eleitores, tende a ter o sucesso ao final da caminhada política. Este é hoje um principio elementar da campanha eleitoral, universalmente confirmado e válido para qualquer campanha, seja para o Governo de um Estado, seja para Câmara Federal, seja para a Prefeitura e Câmara de Vereadores ou até mesmo para Presidente da República.

Mas antes de se candidatar, melhor analisar se é o momento de concorrer, quando começar a campanha, vantagens, desvantagens, planejamento e começar logo.

Dionattan Coutrin Figueiredo é advogado e consultor de Direito Eleitoral e Partidário.