Servidor suspeito de estupros em escola de Goiânia diz que alunos 'criaram história' porque ficaram sem recreio

Segundo denúncias, ele cometia abusos e mostrava fotos pornográficas para estudantes durante a 'hora do soninho'. Ele foi afastado das funções pela Secretaria de Educação. Polícia apura caso


O auxiliar de atividades educativas, de 31 anos, suspeito de mostrar fotos pornográficas e estuprar alunos, afirmou que os estudantes "criaram a história". Em sua defesa, o servidor disse acreditar que a situação ocorreu porque teria deixado os adolescentes sem recreio na escola onde trabalha, em Goiânia. Ele foi afastado das funções.

O servidor chegou a ser preso e levado para a delegacia na quarta-feira (27), mas foi liberado após prestar depoimento.

Em nota enviada na manhã desta quinta-feira (28), a Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME) informou que situação já está sob apuração das autoridades policiais e que acompanha o caso. Disse também que o servidor "não retornará ao convívio com crianças até a conclusão das investigações".

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O órgão ressaltou ainda que "tramita processo de sindicância para apurar os fatos e tomar as medidas legais cabíveis”.

O servidor foi detido e levado para a Central de Flagrantes após pais os alunos do 6º ano do ensino fundamental acionarem a Guarda Civil Metropolitana (GCM). Os parentes souberam das denúncias durante uma reunião com a direção da escola

O homem é monitor concursado da Prefeitura de Goiânia há um ano. De acordo com os policiais, foram encontradas fotos do suspeito e de outros adultos nus no celular dele. Também havia vídeos de crianças deitadas na “hora do soninho” da escola.

Titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a delegada Ana Elisa Gomes disse que já abriu procedimento para investigar os casos.

“O Judiciário vai promover uma audiência de depoimento especial para que essas crianças possam relatar os episódios de violência que sofreram", explica.

Outras denúncias
Segundo apurou a TV Anhanguera, o monitor já respondeu a uma sindicância da SME no ano passado, quando trabalhava em Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI). Conforme a denúncia, pais se queixaram que ele não tinha paciência para lidar com as crianças.

O procedimento aberto pelo órgão não descobriu nada de irregular em sua conduta, mas, mesmo assim, decidiu transferi-lo para uma escola fundamental.

A mãe de um dos alunos afirmou que o suspeito acariciava as crianças. “A diretora me relatou que ele ia acompanhar as crianças na hora do soninho para ficar passando a mão nas crianças”.

O avô de outro aluno fez um relato semelhante.

“Dava balinha, ficava acariciando os meninos, passando a mão na cabeça, nas costas, nas partes íntimas dos meninos. Ele mostrava vídeo pornográfico”, disse.

Uma mãe de um menino de 11 anos também contou sobre as carícias. “Contou que tinha um professor, falou o nome dele, que estava passando a mão, que começou acariciando a cabeça dele, foi descendo para a barriga até chegar na parte genital dele”, relata a mãe.

Na delegacia, o homem negou as acusações.

“Passar a mão? Eu sou servidor público. Eu sei que não pode fazer isso, ainda mais eu, que trabalho com crianças. Então, as acusações são falsas”, defendeu.

G1

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