Menino de 8 anos tenta suicídio após suposta agressão de colegas e professora em escola de Rio Verde

Ele teria sido beliscado, unhado e sofrido bullying por colegas e professora."Eu não queria mais viver, não aguentava mais sofrer


Um grupo de mães se reuniu nesta terça-feira para reclamar sobre as atitudes de uma professora da rede pública de Rio Verde. De acordo com elas, algumas crianças estariam sendo agredidas verbalmente e uma, um menino de oito anos, teria sido agredido fisicamente chegando a ter beliscões, unhadas e outras marcas pelo corpo.

Uma das mães disse que as reclamações já foram feitas a direção da escola José do Prado, que fica no Bairro Martins. Ainda de acordo com as informações das mães o gestor disse que a professora já foi advertida, assinou um termo, mas apesar disso, pouco foi feito e as agressões verbais permaneceram. A turma onde ela ministra aulas é do Ensino Fundamental, 4º ano.

Leia na íntegra o relato da tia do menino supostamente agredido.
“Já tinha um tempo que meu sobrinho [Ele mora com a tia, pois é sozinha e cuida dele para a irmã trabalhar] vinha sendo agredido pela professora dele. Na semana passada ela foi ao extremo porque ela bateu nele mesmo, deixou ele com duas marcas no braço, com rosto com marca de unha e em um dos braços também. Ela há um tempo atrás teria tipo que enforcado ele. Ela rasgou o caderno dele [quinta feira]. Ele tomou uma medicação [sexta feira] e eu perguntei para ele porque tinha feito isso e ele disse que não queria mais viver, porque queria morrer porque não aguentava sofrer na escola com a professora. Fui na escola com a minha irmã [segunda passada] e conversamos com o gestor que nos atendeu bem, fez um relatório para levar para secretaria de Educação, mas a professora continua na escola. Ele disse que assim que chegasse uma resposta da secretaria iria nos falar”, relatou a tia do estudante.

O estudante de oito anos foi transferido de sala. “Quando ele foi buscar a cadeira na sala a professora perguntou o que ele estaria fazendo lá, que o cadáver dele já tava morto. Eu falei com o diretor novamente que disse que não deveria dar moral para as conversas”, disse a tia extremamente magoada com a falta de respeito com o menino.

"Não queria viver"
Nossa equipe teve acesso a um vídeo onde a tia conversa com o garoto após ele ter bebido remédios. É lamentável o que se ouve da boca de uma criança. O menino chora e diz que não aguentava mais sofrer na escola, por isso tomou o remédio que encontrou na cômoda de casa [ A tia cuida de cachorros, faz parte de uma ONG e diz dar Gardenal, para os bichos doentes].

"__Porque você tomou remédio?
__Eu tô sofrendo na escola. Me chamam de cavalo, burro, jegue. A tia me maltrato ontem. Ela rasgou meu caderno tudo, me beliscou.
[É porque eu queria morrer... É porque eu fico sofrendo naquela escola, os meninos me batem, ficam me imitando, fica me chamando de dente de cavalo, me xingando, me ameaçando. Falando que eu transei com menino dentro da sala.
__ E sua professora não faz nada nao?
__ Não, aquela bruxa.
__Que horas você tomou esse Gardenal?
__ Meio dia.
__ Aí você comeu? ( Ele balança a cabeça afirmando)
__ Quanto de Gardenal você tomou?
__ Meio ml"

Após isso a tia explica para o garoto que não podia beber remédios, pois poderia morrer. Ela disse que o viu muito sonolento, deu leite e passou o dia o observando. A família não registrou boletim de ocorrência, pois disse temer represálias.

Mais reclamações
Uma outra mãe também está chateada com os casos que tem acontecido. Ela conta que houve uma confusão entre dois alunos. Um deles teria levado uma lâmina de depilar e teria cortado um coleguinha. A mãe de um destes alunos chegou a mandar num grupo da escola um áudio, pedindo explicações.

A Polícia Civil disse que não recebeu nenhuma denúncia mas iria verificar a situação para ver se instaurava ou não inquérito.

A prefeitura de Rio Verde foi procurada no início da noite por nossa equipe para pedir uma resposta. Até o fechamento não recebemos. Nós também entramos em contato com o Ministério Público durante a noite, mas também não tivemos respostas. Assim que surgirem atualizamos.


Escrito por olha Goiás com informações de Lenil de Oliveira

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