
Médicos de Rio Verde suspeitos de reaproveitar materiais descartáveis são levados para CPP
Pela manhã, os médicos estavam na delegacia acompanhados de advogados e familiares
Os médicos urologistas Dr. Ronaldo Sesconetto e Camilo de Viterbo foram ouvidos pelo delegado Andre Gustavo Feltes, que é responsável pelo caso,durante esta manhã e encaminhados para a Casa de Prisão Provisória (CPP). Eles são investigados por uma operação da Polícia Civil do Paraná que apura o reaproveitamento de materiais cirúrgicos descartáveis.
Pela manhã, os médicos estavam na delegacia acompanhados de advogados e familiares. O médico Ronaldo foi ouvido primeiro e posteriormente, o Dr Camilo. Cada um foi ouvido por cerca de uma hora.
Juliana Cabral, advogada de Ronaldo Sesconetto, afirmou que ele esteve em um congresso nacional de urologia há três anos e lá conheceu o stand da empresa de materiais cirúrgicos. Ele começou a adquirir os materiais na época, mas, segundo o médico, sem saber da procedência irregular. “Tudo era lacrado e de boa procedência”, disse ela.
Ela ainda disse que o médico parou de comprar os materiais há um ano e meio.
Já o advogado de Camilo de Viterbo, Edson Reis, alegou que ele não sabia da procedência irregular dos materiais e as empresas envolvidas são, inclusive cadastradas na Anvisa.
Investigações
Apesar dos advogados negarem, o delegado que acompanha o caso afirmou que os suspeitos sabiam da prática ilícita da empresa para eles. Um deles, inclusive, fazia a esterilização dos materiais na própria clínica. As investigações devem ser concluídas em 30 dias e enquanto isso os médicos devem permanecer presos.
Relembre o caso
A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (11), uma operação contra alguns médicos suspeitos de reaproveitar materiais cirúrgicos descartáveis. Os mandados judiciais são cumpridos no Paraná e em Goiás. Dois médicos de Rio Verde foram presos.
Ao todo, há oito ordens de prisão temporária e 12 de busca e apreensão. Os alvos são médicos urologistas, uma instrumentadora cirúrgica e a secretária de um dos profissionais.
Por Joyce Maura – Olha Goiás