Líder de igreja é preso suspeito de aplicar golpe de R$ 1,5 milhão na venda de gado

Ele ganhava a confiança de fiéis da igreja evangélica, identificava as pessoas que tinham altas rendas e se oferecia para intermediar a compra de gado


O líder de uma igreja em Goiânia, Helder Divino Araújo Ferreira, de 45 anos, foi preso no dia 26 de julho, suspeito de chefiar um grupo que aplicou golpes na venda de gado. O prejuízo às vítimas foi calculado, até o momento, em R$ 1,5 milhão. De acordo com as investigações, conduzidas pelo 4º Distrito Policial de Goiânia, Helder ganhava a confiança de fiéis da igreja evangélica, identificava as pessoas que tinham altas rendas e se oferecia para intermediar a compra de gado. Com o auxílio de dois comparsas, ele negociava a venda e recebia o pagamento, mas não entregava os animais. Três vítimas já foram identificadas, mas a polícia acredita que existam mais.

Outra investigada, a corretora de imóveis Neire Monteiro, de 37 anos, se mudou do país e é considerada foragida. Segundo o delegado Carlos Caetano, que conduz o inquérito, Neire se passava por viúva de um próspero criador de gados paulista e chegava a enviar, para as vítimas, vídeos de alguns bois sendo marcados com as iniciais deles. Em um áudio divulgado pela polícia, a mulher fala para uma das vítimas que não está no Brasil, mas que, assim que voltasse, ela poderia levar as carretas para retirar o gado. Depois de saber que Helder foi preso e que ela teve a prisão decretada, a mulher excluiu das redes sociais fotos em que aparecia em Londres ao lado de carros luxuosos, em restaurantes e hotéis.

Helder é investigado desde 2004 por outros estelionatos, mas nunca foi preso. Segundo a polícia, os golpes envolvendo a falsa venda de gado começaram em novembro do ano passado. “Eles receberam depósitos em dinheiro que iam quase todos para a conta da Neire, e também recebiam a transferência de imóveis e carros, que eram revendidos para pessoas de bem”, disse o delegado. Um terceiro envolvido também já é alvo de investigação. Os três devem responder por organização criminosa e estelionato.

PC GO

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