Adolescente que matou 2 em escola de Goiânia sairá de internação em um ano e meio

Atentado foi registrado em outubro de 2017


O estudante de 14 anos que, em outubro de 2017, matou dois amigos e feriu outros quatro colegas em um colégio em Goiânia, deixando uma garota paraplégica, sairá do centro de internação daqui a, no máximo, um ano e meio.

O menino está detido em um centro de internação para adolescentes infratores localizado em Anápolis, a 50 km de Goiânia (GO), e cumpre a pena máxima prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente: três anos de internação para recuperação. Em outubro do ano que vem, portanto, poderá voltar para casa. "Essa é a punição mais severa prevista no estatuto", disse ao jornal O Estado de S. Paulo a advogada Rosângela Magalhães, que atuou na defesa do garoto um ano e meio atrás.

No dia 20 de outubro de 2017, o menino entrou no Colégio Goyases, abriu a mochila, sacou uma pistola calibre 40 e disparou contra seus amigos durante o intervalo das aulas da escola localizada no Conjunto Riviera, bairro de classe média de Goiânia. Os adolescentes João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos, morreram no local. Outros quatro alunos também foram atingidos, mas escaparam com vida. Isadora ficou 54 dias internada no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer).

A estudante ficou paraplégica. O adolescente que assassinou os amigos é filho de policiais militares. No processo judicial, restou concluído que a arma usada era de sua mãe, mas que não houve negligência dos pais no acesso à arma. "A mãe colocava a arma num local específico. As balas ficavam em outro local. O garoto programou o que aconteceu", disse Rosângela Magalhães.

No centro de internação, o menino tem direito a receber a visita dos pais uma vez por semana, por até duas horas. No local, ele também cursa o 9º ano do ensino fundamental. 

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