Rio-verdense disputará três provas no mundial de Londres

Entre as principais conquistas dele, estão as medalhas de prata e bronze, das provas do salto em distância e os 100m rasos, respectivamente, obtidas na Paralimpíada do Rio (2016), além do bronze nos 100m rasos dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto


Depois de várias provas de natação, jogos de handebol, basquete e futebol, Rodrigo Parreira, de 22 anos, se encontrou no esporte quando conheceu o atletismo, em 2013. Se destacando entre provas, como lançamento de dardo, salto em distância e corridas, o goiano de Rio Verde, com muita dedicação e superação, faz carreira no paradesporto brasileiro e está entre os melhores do mundo, competindo na classe T-36 - para atletas com paralisia cerebral. O resultado do empenho de Rodrigo Parreira confirmou o que estava claro: a convocação para o Mundial de Atletismo, que vai ser realizado em Londres (Inglaterra), de 14 a 23 de julho - outros 24 atletas estão na lista divulgada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), na semana passada.

Entre as principais conquistas dele, estão as medalhas de prata e bronze, das provas do salto em distância e os 100m rasos, respectivamente, obtidas na Paralimpíada do Rio (2016), além do bronze nos 100m rasos dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto (Canadá), em 2015.

“Este ano, comecei a temporada muito bem. Espero que eu consiga melhorar minhas marcas no Mundial. Vou brigar por medalhas no Mundial e sei que entro como um dos favoritos”, afirma Rodrigo, que, no começo deste mês, ainda conquistou três medalhas de ouro no Circuito Nacional de Atletismo, em São Paulo, onde atingiu índice à disputa do Mundial de Londres, em três provas: salto em distância, 100m rasos e 200m rasos.

O Mundial de Londres será o segundo que o goiano participa. Em 2015, em Doha, no Catar, Rodrigo competiu nas três modalidades que disputará na capital inglesa. No salto em distância, ficou na 4ª colocação, nos 200m rasos fechou em 5º lugar e, no 100m rasos, ele foi desclassificado por ter queimado a largada. “Eu ainda vou disputar muitas competições na minha vida. Um atleta de alto nível, normalmente, atua até os 35 anos. Meu médico me contou, recentemente, que ainda poderei participar de pelo menos mais três Paralimpíadas. É o meu objetivo.”

Rodrigo Parreira foi diagnosticado com paralisia cerebral antes mesmo de nascer. Quando ainda estava grávida, Dona Jô, a mãe de Rodrigo, teve uma queda. O fato fez com que Rodrigo sofresse paralisia cerebral e, por isso, o lado esquerdo do corpo dele teve movimentos prejudicados. Os médicos davam poucos dias de vida, mas a família de Rodrigo não desistiu e mudou-se para Uberlândia em busca de tratamento. Na cidade mineira, onde ainda mora, ele fez reabilitação motora e se trata com uma fonoaudióloga, desde os três anos de idade. Rodrigo é integrante do Clube Desportivo para Deficientes de Uberlândia.

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