Vários artistas plásticos de Goiânia participam de projeto no Residencial Veneza

---

O Grupo Rei trouxe para Rio Verde artistas plásticos de Goiânia para transformar o tapume do seu mais novo empreendimento numa verdadeira obra de arte a céu aberto. Os artistas já iniciaram a pintura do tapume, que tem como tema as araras. Crianças, moradoras do Bairro Residencial Veneza foram convidadas para participarem de uma oficina de Graffite, estilo que vem ganhando cada vez mais admiradores por retratar o estilo popular.

As pinturas rupestres são os primeiros exemplos de grafite que encontramos na história da arte. Nessa época os materiais utilizados eram terras de diferentes tonalidades, sucos de plantas, ossos fossilizados ou calcinados, misturados com água e gordura de animais. Hoje, se utiliza tintas em spray ou mesmo em latas, para pintar idéias, signos, que passam compor o visual urbano, talvez o contexto atual, decorrente de uma evolução, participante da arte também.

Grafitar que se difunde de forma intensa nos centros urbanos significa riscar, documentar de forma consciente ou não, fatos e situações ao longo do tempo. Não existe grafite ou quem produza de forma não democrática. Alias, o graffti veio para democratizar a arte, na medida em que acontece de forma arbitraria e descomprometida com qualquer limitação espacial ou ideológica. Todos os segmentos sociais podem vir a ser lidos pelos artistas do grafite, assim como seus símbolos espalhados pela cidade podem ser lidos por todos, pois o grafite engloba um linguajar e uma forma de expressão bastante ampla em sua contextualização, são diversas influencias talvez, não se pode dizer que o grafite seria talvez uma "vanguarda", pois o propósito fundamental do grafite , não é apenas cores fortes, traços leves, e assim por diante, são diversos recursos com a intenção de compor o espaço urbano de modo a estabelecer uma maior identificação com o leitor.

Por Gisella Mandaro – especial para o Rio Verde Agora