Cirurgia plástica fica mais acessível e procura dispara

Novas condições de pagamento e a busca pelo corpo ideal fazem crescer o número de procedimentos


A célebre frase dita pelo poeta Vinicius de Moraes há várias décadas - “Que me perdoem as feias, mas beleza é fundamental” - nunca teve tantos adeptos como hoje. Uma das maiores provas é o grande avanço do mercado de cirurgias plásticas, que caíram no gosto de brasileiros cada vez mais vaidosos e dispostos a investir na aparência. Apesar dos preços ainda salgados para a maioria da população, intervenções cirúrgicas e não-cirúrgicas ficaram mais acessíveis, com novas formas de pagamento e parcelamentos.

De acordo com o último censo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2016 foram realizadas 1.472.435 cirurgias plásticas estéticas e reparadoras no País. O maior crescimento ocorreu nas intervenções não cirúrgicas, como a colocação de toxina botulímica (botox) e preenchimentos em geral, que somaram 1.332.203 procedimentos naquele ano, 390% mais que em 2014. Com a maior popularização das intervenções, que podem custar de R$ 1 mil a R$ 40 mil, os profissionais mais procurados estão com agendas cada vez mais cheias.

O médico Sérgio Augusto da Conceição, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Regional Goiás (SBCP-GO), lembra que o Brasil já é o segundo maior mercado de cirurgia plástica do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e Goiás é considerado um grande centro. Segundo ele, além da maior procura pelo corpo perfeito, os preços também ficaram mais acessíveis. O resultado é que procedimentos antes realizados apenas pelas classes A e B, já são bancados por pacientes da classe C, que recorrem a parcelamentos feitos pelos profissionais ou investem em consórcios de serviços, oferecidos pelas administradoras, ou mesmo os informais, entre amigos. “Hospitais e clínicas também já oferecem opções de parcelamento no cheque, cartão de crédito ou crédito bancário”, lembra.

A secretária Nayara Brasileiro já colocou silicone na mama e fez rinoplastia (correção do nariz). Ela conta que tinha os seios pequenos e o nariz grande e precisava inverter essa ordem. Para isso, fez um consórcio entre amigos e pagou 15 parcelas de quase R$ 700 mensais. “Foi um grande sacrifício. Passei muito aperto para pagar. Mas valeu a pena e faria tudo de novo porque minha autoestima aumentou muito”, afirma. 

O Popular

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