Aumenta busca por tratamentos alternativos

Tratamentos holísticos são cada vez mais utilizados para tratar vários males. O terapeuta Ricardo Pereira explica mais ao Rio Verde Agora


As práticas têm mais de mil anos, nasceram do outro lado do mundo e, aos poucos, conquistaram o Ocidente. Os brasileiros estão, cada vez mais, interessados na medicina não convencional, e a prova disso é o salto da oferta, pelo Sistema Único de Saúde, de homeopatia, plantas medicinais e fitoterapia; medicina tradicional chinesa e termalismo. O balanço mais recente do Ministério da Saúde indica que, nos últimos anos, o número de atendimentos cresceu 122%. Só o investimento em a homeopatia aumentou 383%, comparando-se com 2000. Além disso, as práticas corporais como Lian Gong e Tai chi chuan popularizaram-se a ponto de, em um ano, registrarem crescimento de 358% no número de procedimentos realizados.

Todas essas atividades são consideradas integrativas, pois partem do princípio que a abordagem médica tem de levar em conta o indivíduo como um todo, e não apenas cuidar de um órgão ou um sintoma específico. De acordo com o terapeuta holístico Ricardo Pereira de Souza, as práticas integrativas não são consideradas uma especialidade médica reconhecida pelos órgãos regulamentadores e de classe. Trata-se, na verdade, de um “nome fantasia”, como define, que abrange atividades holísticas e naturais, que possam ajudar na melhoria da qualidade de vida do paciente. O terapeuta falou com o Rio Verde Agora e explicou mais sobre o seu trabalho:

O que são terapias holísticas?
O termo holístico passou a ser mais utilizado na última década, quando o mundo ocidental começou a despertar para uma nova visão da existência humana e do mundo, entendendo haver uma integração entre tudo o que existe.
 
Holístico é um adjetivo que deriva de holismo, um substantivo que significa “tendência, que se supõe seja própria do Universo, a sintetizar unidades em totalidades organizadas (dicionário Aurélio)”.

A visão holística está presente, atualmente, em diversas áreas do saber, onde a visão de totalidade, de síntese e de interconexão se sobrepõe ao entendimento fragmentário.

Termos como empresariado holístico (aquele que entende que meio ambiente, qualidade de vida do empregador e do funcionário, e o lucro são elementos interdependentes e por um não pode se sobrepor ao outro) e educação holística (na qual as disciplinas são entendidas como interdependentes uma da outra), por exemplo, tornam-se cada vez mais utilizados. Dentro deste contexto, o termo terapias holísticas também começa a ganhar visibilidade, para definir e agrupar práticas terapêuticas que se enquadram na visão holística.

A terapia holística tem uma proposta de trabalho que considera a pessoa como uma totalidade em seus aspectos biofísico, psíquico, emocional, ambiental e energético. Busca equilibrar todos os aspectos do ser por meio de estímulos os mais naturais possíveis, com o objetivo de despertar os próprios recursos humanos para promover a auto-harmonização e a ampliação da consciência.

A pessoa submetida às práticas de terapia holística começa a aguçar sua sensibilidade para percepções de sua vida e a ser estimulada de maneira sutil a mudanças de atitude e de comportamento que levarão à maximização das oportunidades da vida e minimização das condições adversas.

As terapias holísticas são também chamadas de terapias complementares, uma vez que têm o objetivo de complementar ( e não substituir ) os métodos de tratamentos tradicionais já existentes no ocidente, sendo que os processos desencadeados por elas atuam diretamente na melhora das condições de saúde, dão um suporte para os tratamentos médicos tradicionais, auxiliam na prevenção de desequilíbrios e atuam na qualidade de vida de um modo geral.
 
Por isto, as terapias holísticas vêm sendo vistas, cada vez mais, não só como alternativas de tratamentos, mas também como preventivo até mesmo de doenças que, aparentemente, sejam de origem física; pois os padrões mentais, emocionais e energéticos que possam vir a gerar qualquer desequilíbrio são modificados, corrigidos e transmutados Na verdade, para os conceitos que envolvem as terapias holísticas, um problema de saúde nunca é originado em apenas um aspecto do ser.
 
 
Qual a diferença entre as terapias holísticas e os medicamentos tradicionais?
 Não somos médicos, vale salientar!  Somos profissionais com certificados de cursos naturais, como homeopatia, fitoterapia, acupuntura, iridologia,  cromoterapia e dentre outros cursos da medicina alternativa, cursos esses classificados como livres no Brasil.
 
Quais os benefícios para quem passa por terapias holísticas?
Os excessos e as faltas do dia a dia agridem o corpo e as terapias alternativas visam regularizar estes efeitos fisiológicos: aumentando o suprimento sanguíneo, retorno linfático e venoso, melhora da drenagem entre outras funções.

A ação terapêutica, seja pela massagem ou aplicação de técnicas como acupuntura, moxa ou ventosa  são  parte integrantes no bem estar de nosso organismo, buscando o equilíbrio energético e estimulando a  resistência a doença.

Tao Te King (no capitulo 64) aconselha: ”evitar o mal antes que ele se instale, por em ordem antes que surja a desordem”.

É importante lembrar que alimentação saudável e  hábitos como exercícios físicos contribuem para  recuperação e melhora na resposta ao tratamento.
 
Existem contra-indicações?
Não existem contra-indicações.
 
Quais os principais males tratados pela terapias holísticas?
Os principais males tratados pelas terapias holísticas estão relacionados sem dúvida, com o sono, com a sexualidade e a alimentação.

A medicina Ayurveda considera o sono (nidra), a sexualidade (abrahmacharya) e a alimentação (ahara) os três grandes suportes da vida, da saúde e da longevidade.

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