Vacinação contra gripe 2012: baixa procura preocupa

Pouco mais de 5 mil pessoas foram vacinadas em Rio Verde contra a gripe A H1N1, que se alastrou como rastilho de pólvora em 2009, e dois outros tipos de influenza: A (H3N2) e B. Cais e Vigilância Epidemiológica estão a postos


Desde o dia 5 de maio, acontece nos postos de saúde de Rio Verde, Cais e sede da Vigilância Epidemiológica a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. A baixa procura pela vacina nos primeiros dias da campanha preocupa agentes de saúde do município. Na primeira semana, apenas 5.350 doses da vacina foram aplicadas, o que não representa nem 25% da meta traçada para Rio Verde. De acordo com o diretor do Núcleo de vigilância Epidemiológica, Luís Antônio Anacleto Brasileiro, o objetivo da campanha de 2012, que segue até o próximo dia 25 de maio, é imunizar 22 mil pessoas.         

A campanha abrange o vírus contra a gripe A H1N1, que se tornou pandemia em 2009, além de dois outros tipos: influenza: A (H3N2) e B. Segundo Luís Antônio, é muito importante que as pessoas procurem um posto para serem imunizadas, principalmente porque estamos próximos de um período de inverno, época em que as contaminações são freqüentes. "A aglomeração de pessoas em ambientes fechados propicia o contágio e para evitar complicações, internações, e até mesmo mortes, oferecemos de graça a vacina para proteger as pessoas dentro da faixa indicada para serem imunizadas", ressaltou Luís.   

Nessa fase da campanha as doses são destinadas a idosos, crianças de seis meses a dois anos, gestantes, indígenas e profissionais da saúde. Crianças vacinadas pela primeira vez deverão tomar duas doses com intervalo de 30 dias. Aqueles que já receberam uma ou duas doses no ano passado, deverão tomar apenas uma agora, em 2012. As demais tomarão dose única.

Segundo dados do Ministério da Saúde, a meta é proteger 24,1 milhões de pessoas. A campanha conta com mais de 65 mil postos de vacinação. No total, serão 240 mil profissionais da área da saúde envolvidos na campanha. Em Rio Verde, os locais de vacinação espalhados por todos os setores da cidade entre Unidade Básica de Saúde e Programa da Saúde da Família, além do Cais e Vigilância Epidemiológica funcionam das 8 h da manhã, às 17 horas.

Apesar da baixa procura da primeira semana, o diretor do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, espera os resultados dos anos anteriores, em que a região cumpriu a meta de vacinar 75% dos grupos indicados para serem imunizados. "Esse ano a nossa meta aumentou um pouco, subiu para 80% mas acho que a população vai aderir à campanha e vamos atingir esses resultados até o dia 25 de maio." 
         
Os interessados em participar da campanha que tiverem acamados ou impossibilitados de comparecer aos postos podem procurar o Núcleo de Vigilância Epidemiológica para buscar informações sobre agendamento.
O fazendeiro Gladstone Faria Ribeiro esteve na última semana na sede do núcleo para agendar a visita dos agentes para imunizar o seu pai, Oduvaldo Ribeiro da Cunha, de 95 anos, e sua mãe Isa Faria Ribeiro, de 92 anos.  "Há cinco anos eu venho garantir essa proteção extra a eles porque faz a diferença. Desde que nossa família começou a vacinar, nunca mais gripamos", enfatiza o produtor de 64 anos.

Salvando vidas há mais de 20 anos, o bombeiro Elismar Gomes Oliveira lida diretamente com o risco de contaminação com os atendimentos na área de saúde. Desde 2008, quando tomou a primeira dose, ele não teve nem resfriado. "Nós estamos em hospitais e locais de fácil contágio. Então, nunca é demais garantir essa proteção", explica o militar.

Por Marisa Coutinho – Publicado no Jornal Tribuna do Sudoeste

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