Coluna semanal desata os nós do trânsito rio-verdense

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Localizada em um lugar que originalmente serviria para ser um recanto de tranqüilidade para a camada mais alta da população de Rio Verde, a Rua 02 passa hoje por uma realidade que em nada se assemelha à sua concepção original. Com uma de suas pontas no túnel da AABB (que dá acesso ao Bairro Promissão) e outra em uma das laterais do Clube Campestre, a Rua 02, com seus 810 metros é fonte de dor de cabeça não só para quem trafega, mas também para seus inúmeros moradores.

Os motivos do grande fluxo de veículos são óbvios: a rua se transformou em um ponto de passagem importante dentro de Rio Verde. O crescimento do setor onde está localizado o Bairro Promissão e os seus pares próximos (Santa Cruz, Funcionários, etc.) fez com que milhares de pessoas que precisem de hospitais, cartórios, faculdades, lazer, grandes supermercados e praticamente toda a infra-estrutura dentro da cidade passassem pela Rua 02. Nos horários de pico, é comum enfrentar engarrafamentos e trânsito lento, principalmente na altura da rotatória da Avenida 01.

Para piorar o cenário que já é complicado o bastante, a Rua 02 serve como acesso a dois movimentados estabelecimentos de ensino de Rio Verde: o Colégio Ápice e a Faculdade Objetivo. Com isso, obrigatoriamente milhares de pessoas têm que passar, por algum momento no dia, pela Rua 02.
Carlos Tristão da Rocha, morador da Rua 02 há 12 anos, explica como é viver em uma rua tão movimentada: “Aqui parece outra cidade. Rio Verde é uma cidade na maioria dos lugares calma. E aqui também era quando eu vim morar na Rua 02. Mas isso aqui é outro mundo agora. É carro e moto passando o dia inteiro, e bem rápido. A gente tem medo de deixar nossos filhos na calçada. Além disso, nem posso estacionar o carro na porta da minha casa, porque é proibido.”

Para Marcelo de Castro Pereira, que passa pela Rua 02 todos os dias, transitar por ali é um martírio: “Levo meus filhos para o colégio ali de segunda a sexta, e é muito chato. O trânsito é lento, os moradores tiram o carro das garagens bem devagar e estorvam o trânsito, e os motoqueiros não respeitam ninguém. Isso aqui é bagunçado demais”.

O urbanista Joel Cardozo comenta: “Não existe solução para a Rua 02 a curto prazo. A tendência é o trânsito aumentar, já que novos residenciais estão surgindo próximos ao Setor dos Funcionários. Eu sugeriria um paliativo ao poder público. Transformar a Rua 02 em uma via de mão única do túnel da AABB até à rotatória da Avenida 01. Eu forçaria quem sai do túnel da AABB rumo ao Campestre a ir para as margens do futuro Parque Ecológico, podendo voltar para a Rua 02 depois de entrar na Avenida 01. Não é a solução perfeita, mas diminuiria o trânsito até que uma solução melhor fosse resolvida”.

Rota importante de nossa cidade, a Rua 02 pede atenção da SMT, para melhorar a vida de nós rio-verdenses.