Sissy Romano, a amazona rio-verdense

Atleta receberá prêmio em São Paulo


Praticante do hipismo há quatro anos na modalidade Adestramento Paraequestre, a rio-verdense Sissy Romano vai receber nesta sexta-feira, 25, em São Paulo o prêmio “Hipismo Brasil 2010”. O evento, que será realizado no salão nobre do Jóquei Clube, é uma promoção da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), que condecora anualmente os melhores cavaleiros e amazonas em suas oito modalidades: Salto, Adestramento, Concurso Completo, Adestramento Paraequestre, Enduro, Volteio, Rédeas e Atrelagem.

Filha do professor e escritor Ademar Romano e da bibliotecária da Cefet Maria Aparecida Romano, Sissy compete desde 2008 quando alcançou 1º lugar em sua categoria e 3º na categoria geral. Já no ano passado, a rio-verdense conquistou três medalhas de ouro no Campeonato Brasileiro realizado em novembro.

Conforme destacou a competidora, o seu grande sonho é seguir adiante com o esporte e competir no mundial que acontece em outubro deste ano no México. “A pontuação conquistada no campeonato brasileiro que acontecerá em Março será pré-requisito para participação no Mundial. É para isso que vou batalhar”, destaca.

Determinada e com muita força de vontade, Sissy conta que tomou gosto pelo esporte a partir da Equoterapia (terapia realizada com cavalos) que precisou praticar para se recuperar de sequelas deixadas por dois AVCs sofridos após o parto. Segundo ela, o resultado foi rápido e notório. “Da equoterapia segui para o hipismo e não quis mais parar. É um orgulho muito grande representar minha cidade, meu estado e meu país em um prêmio tão representativo como este”.

Para conquistar esse sucesso, a atleta conta que treina uma vez por semana no Sindicato Rural e diariamente quando se aproxima os campeonatos. E faz questão de enaltecer o seu treinador Alvanir Vilela Rezende Júnior. “Ele é um equitador, especializado no paraolímpico e faz um trabalho voluntário com muita competência”.

Sissy também aproveita para agradecer o apoio da Prefeitura, que oferece uma ajuda de custo mensal de R$ 300 para custear o treinamento da praticante do Paraequestre e vai pagar as despesas da viagem da vencedora e acompanhante para São Paulo, onde ela receberá o prêmio.

Apesar das dificuldades que enfrentou, Sissy Romano nunca se deixou abater. É sempre sorridente, otimista e se diz até mais feliz que antes dos AVCs. “Antes, eu era triste, às vezes mal-humorada e não sabia por quê. Hoje, aprendi a dar valor nas pequenas coisas da vida e sou muito mais feliz”, ressaltou.
 
Adestramento Paraequestre
Única disciplina do Hipismo do Programa Paraolímpico, o Adestramento Paraequestre é a 8ª disciplina esportiva da Federação Equestre Internacional (FEI), sendo praticada por pessoas portadoras de necessidades especiais (PPNE). Os benefícios da equitação terapêutica são conhecidos desde 460 a.C. e sua prática adotada nos países europeus ao longo da história. A partir da década de 1970, no entanto, esta forma de reabilitação física e social de pessoas com alguma deficiência ganhou também o status de competição por iniciativa de países como Escandinávia e Grã Bretanha. Nascia o Adestramento Paraequestre.

Vários países do Continente e a América do Norte adotaram a modalidade que em 1984 foi apresentada na Paraolimpíada de Nova York. No entanto, o número insuficiente de participantes acabou tirando o esporte das Paraolimpíadas de 1988, 1992 e 1996. O Adestramento Paraequestre só voltaria a fazer parte da programação nos Jogos de 2000, em Sidney, Austrália.

Hoje, o Adestramento Paraequestre marca presença em 40 países e é praticado por atletas com diferentes tipos de deficiência. No Brasil, a equitação terapêutica foi adotada também na década de 1970 e entre os pioneiros estavam a fisioterapeuta Gabriele B. Walter e o Centro Equestre do Torto, na Granja do Torto, em Brasília (DF), onde nasceu a ANDE-Brasil – Associação Nacional de Equoterapia. O conceito esportivo, no entanto, só se concretizou a partir de 2000, tendo Gabriele B. Walter como pioneira na ministração de cursos e busca do apoio da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH) que passou a regulamentar o esporte a partir de 2002.

Por Khárita Rejane - Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Rio Verde

Fotos

Imagem de Sissy Romano, a amazona rio-verdense Imagem de Sissy Romano, a amazona rio-verdense

Compartilhe

Comente: Sissy Romano, a amazona rio-verdense