Rio Verde registra nova alta nos valores de combustíveis

Etanol está entre os “sustos” dos consumidores e possui, atualmente, valor médio entre R$ 2,57 e R$ 3,67. A média da gasolina, mais cara, vai de R$ 3,99 a R$ 5,19 no Estado


Na semana em que se comemora o dia do petróleo brasileiro (3/10), Goiás registrou nova alta nos valores cobrados pelos combustíveis. Dois reajustes da Petrobras nas refinarias em setembro, que totalizaram 6%, foram os principais fatores responsáveis pelo aumento. Etanol está entre os “sustos” dos consumidores e possui, atualmente, valor médio entre R$ 2,57 e R$ 3,67, conforme a secretaria da Economia.

Para presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleos de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, nos últimos 15 dias a Petrobras anunciou reajuste de 2,5% e 3,5% nas refinarias, o que tem refletido diretamente ao consumidor desde o início desta semana.

Em outubro, o valor médio da gasolina varia de R$ 3,99 a R$ 5,19 no Estado, segundo dados da secretaria da Economia. Márcio aponta como justificativa da crescente a variação do dólar e o ataque à refinaria na Arábia Saudita.

No caso do etanol, o motivo do aumento está relacionado aos preços encontrados nas distribuidoras. “Os postos de Goiás vêm recebendo o etanol com preços maiores das distribuidoras sucessivamente nas últimas semanas. Isso faz com que seja inevitável o repasse ao consumidor”, explica.

Segundo ele, as distribuidoras não apresentam justificativas. “Afirmam que tiveram aumentos do custo e repassam para os postos. Não explicam muito, apenas aumentam”, disse. Na última semana, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) houve reajuste de R$ 0,04 do etanol hidratado e R$ 0,01 no anidro. Isto sem calcular frete e impostos.

O presidente do Sindiposto cita ainda que o reflexo da alta para o consumidor depende de cada posto. “Depende de cada empresário. Cabe a ele decidir quando repassar ou não, bem como o quanto repassar”, disse.

Em razão disso, os motoristas podem encontrar variações de posto para posto.

Aumento do PMPF
Outro motivo da alta nos valores cobrados pelos combustíveis em Goiás apontado por Márcio é o aumento do Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), que é levado em consideração para aplicar o Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS).

Os valores foram reajustados na última terça-feira (1º) e causam reflexo de R$ 0,0081 centavos por litro na gasolina, R$ 0,0056 centavos no etanol, R$ 0,0175 e R$ 0,0173, no diesel S500 e diesel S10, respectivamente.

Para o presidente do Sindiposto, o aumento é pequeno, “mas vai contribuindo para potencializar os valores de reajuste na medida que vão sendo somado”. Em nota, a Gerência de Combustíveis da Secretaria da Economia explica que a alteração ocorreu porque os postos já tinham reajustado o preço de venda dos produtos ao consumidor final. O aumento, segundo a pasta, foi constatado na Nota Fiscal do Consumidores Eletrônica (NFC-e) emitidas pelos postos na última quinzena. Conforme o órgão, a variação “foi irrelevante, menos de um centavo por litro”. 

“Surpresa”
Matheus Lima, de 32 anos, é vendedor em uma loja de roupas e se assustou quando viu o preço dos combustíveis esta semana. “Sempre tem reajuste. Praticamente toda semana tem aumento de R$ 0,5, 0,10 centavos, mas dessa vez me pegou de surpresa porque o aumento foi de R$ 0,29 centavos no etanol. Essa quantia dá muita diferença no final, principalmente com relação à quantidade de litros”, disse.

Segundo o profissional, a alternativa é procurar por postos mais baratos. “Quando há essas altas temos que pesquisar os preços e abastecer onde é mais barato. Não dá para chegar e simplesmente abastecer sem avaliar o preço cobrado”, brincou.

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