Rio Verde com produção e tecnologia pode ser novo polo de agtechs

Município goiano que vive do agro tem o segundo maior PIB do setor no país


Rio Verde está localizado a 230 km de Goiânia (GO).

Em 2010 o município registrou o maior crescimento na agropecuária do país, saltando do 12º lugar para o topo do ranking nacional.

Hoje está em segundo lugar no PIB do agronegócio, somente atrás de Sorriso (MT).

É o maior produtor de soja do estado, com uma média produzida de 579.600 toneladas. É também um importante produtor de arroz, milho, algodão, sorgo, feijão e girassol. Conta ainda com um importante plantel bovino, avícola e suíno. Também é palco de uma das maiores feiras do setor no país, a Tecnoshow Comigo. 

Com uma agricultura cada vez mais digital, Nathália Secco que faz parte do novo polo de inovação de Rio Verde, destaca em um artigo, que “a agricultura, um dos setores mais tradicionais, sem dúvidas, é um dos que mais tem se reinventado ao longo dos anos, com o surgimento de novas tecnologias para auxiliar os produtores”. 

 

De acordo com dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), cerca de 70% do território nacional já conta com startups voltadas para o mercado agrícola - as Agtechs. Outro dado relevante é que mais de 40% dessas iniciativas são responsáveis pela implementação do sistema IoT (Internet das Coisas), com o desenvolvimento de drones, sensores e softwares para as lavouras. 

Apesar dos números animadores, um levantamento da Abstartups mostra que a inovação ainda está em fase embrionária no centro-oeste brasileiro, onde que 79% das startups locais ainda não receberam incentivos externos para alavancar seus negócios. Rio Verde tem apenas 0,4% das startups goianas. “A implementação de agtechs no município pode ser um importante passo para impulsionar ainda mais este mercado, podendo auxiliar produtores locais a usarem a tecnologia para uma colheita mais assertiva e sustentável”, destaca.

 

Um bom exemplo disso é o uso do Big Data e da Inteligência Artificial para a coleta de dados e análise de informações sem a interação humana, dentre elas a identificação de possíveis pragas nas lavouras, e previsões meteorológicas. Além disso, algumas tecnologias neste sentido também podem ajudar no melhor aproveitamento dos insumos e mais eficiência da gestão hídrica, reduzindo muito os custos com compra de insumos e tornando a irrigação no agronegócio mais eficiente e sustentável, por exemplo.

Em 2019 Rio Verde ganhou o seu primeiro centro de inovação voltado exclusivamente para o agronegócio. A iniciativa chegou para auxiliar empreendedores com investimentos e capacitação e os conectando de forma efetiva com seu público-alvo: os produtores. E as perspectivas são as melhores para os próximos anos.

 

Unindo a tradição e os benefícios de uma região que movimentou mais de US$ 21 bilhões neste primeiro trimestre ao uso de tecnologias mais sustentáveis e assertivas, vejo que Rio Verde tem de tudo para se tornar o mais novo ecossistema de agtechs do Brasil, que vem para revolucionar o mercado e trazer a agricultura do futuro para o presente!

*Nathália Secco é fundadora e CEO da Orchestra Innovation Center, novo polo de inovação de Rio Verde, em Goiás

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