Pouca chuva preocupa produtores

Com índices pluviométricos abaixo do esperado no mês de dezembro, e uma expectativa de chuvas abaixo da média, também em janeiro no Estado, produtores rurais já têm motivo para preocupações.


Com índices pluviométricos abaixo do esperado no mês de dezembro, e uma expectativa de chuvas abaixo da média, também em janeiro no Estado, produtores rurais já têm motivo para preocupações. A consequência das chuvas escassas seria a queda na produtividade e, sobretudo na produção de lavouras precoces de soja, feijão e milho.  De acordo com o assessor técnico da Faeg para a Área de Cereais, Fibras e Oleaginosas, Leonardo Machado, a produção de soja seria a mais atingida. Segundo ele nos meses de dezembro o normal esperado é uma média de chuva de 300mm/mês; e em dezembro passado esse índice atingiu apenas 120mm/mês.

“Quando as chuvas não ocorrem os prejuízos são sempre inevitáveis para o produtor, por isso a Faeg preconiza que o produtor sempre trabalhe com o seguro rural, para evitar uma perda de rentabilidade causada por adversidades climáticas e que é imprescindível para o produtor recuperar o capital investido em sua lavoura ou empreendimento, além de evitar maiores prejuízos,” afirma Leonardo. Segundo ele, o seguro rural ainda é pouco utilizado por produtores goianos, uma vez que possui custo bastante elevado e, mesmo com o auxílio de 50% do governo federal para sua contratação, o setor agrícola ainda necessita de maiores incentivos nesse sentido.

Previsão favorável para os próximos dias
A superintendente de Política e Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Sectec, Rosidalva Lopes, afirma que o pico da estação chuvosa sempre ocorre em janeiro, mas que até agora os índices pluviométricos seguem abaixo da média. “O diferencial deste mês é que as temperaturas máximas estão muito elevadas e isso favorece a ocorrência de pancadas de chuvas e não de chuvas contínuas, que favorecem o setor agrícola,” explica.  Segundo ela pancadas de chuvas, quase sempre muito fortes, com rajadas de ventos e raios, que têm ocorrido com muita frequência até agora, favorecem apenas ao enchimento imediato dos reservatórios.

A notícia boa é que, segundo Rosidalva, a previsão, de hoje até o próximo dia 13, é de que as chuvas deverão atingir Goiás com volumes significativos, sobretudo nas regiões Central, Leste e Sul do Estado. “Com a quebra da massa de ar seco e quente e a intensificação da Zona de Convergência do Atlântico Sul, a umidade se aproxima e tende a permanecer sobre o Estado, mais ou menos durante uns cinco dias, com volumes significativos de chuvas e a tendência da chuva será permanecer dentro da normalidade esperada para o período e mais direcionada e favorável ao setor agrícola,” afirma.

Fonte: Mais Goiás

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