Plantio da soja em Rio Verde ainda está lento, mas atraso pode ser benéfico para a cultura

Lentidão deve impactar na produtividade da segunda safra de milho e, especialmente, na de algodão, que vão ter suas janelas ideais de cultivo prejudicadas


A região de Rio Verde em Goiás plantou apenas 3% da área destinada à sara de soja 2019/20 até o momento. Após um período extremamente seco, quando foram registrados os maiores números de focos de incêndio da história, choveu entre 20 e 70 mm no último dia 25 de setembro, o que possibilitou o início dos trabalhos.

De acordo com o diretor do Sindicato Rural de Rio Verde/GO, José Roberto Brucceli, a janela para cultivo da soja ainda é a ideal, uma vez que as lavouras cultivadas até o dia 15 de novembro expressão seu potencial produtivo melhor do que as semeadas nos primeiros dias de outubro.

As preocupações ficam então para a segunda safra de milho e, especialmente, a de algodão, que ficaram fora das melhores datas para plantio devido ao atraso da soja na safra verão.

Com os custos de produção mais altos do que nunca, Brucceli destaca que o produtor precisa acertar no plantio, que corresponde à 50% do sucesso da safra, para garantir produtividade e aguardar bons momentos de venda para amplificar a rentabilidade.

A saca de soja é negociada por R$ 75,00 para vendas futuras na região, mas com toda essa incerteza de plantio, a impossibilidade de prever o tamanho da produção e as varrições cambiais do real ante ao dólar, os produtores ficam sem conseguir determinar se este é ou não um bom patamar de venda.

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