Nossas escolas estão seguras?

O Rio Verde Agora testou a segurança de instituições de ensino públicas e privadas de Rio Verde


A tragédia ocorrida no bairro do Realengo, na cidade do Rio de Janeiro na última semana chocou o país, quando um atirador entrou em uma escola municipal portando duas armas e promoveu um massacre, assassinando 12 crianças inocentes que estudavam no momento do ataque.

O atirador, entretanto, não encontrou problemas para entrar na escola mesmo sem ser aluno (o assassino era ex-aluno do local) e conseguiu ter acesso a todas as dependências da escola com muita facilidade. Isso levantou a seguinte questão: as escolas de Rio Verde oferecem alguma segurança para que um ataque deste tipo não aconteça por aqui? Será que os alunos de Rio Verde estão seguros? Durante os últimos dias, nossa equipe de reportagem visitou várias escolas públicas e particulares e universidades testando como anda a segurança nestes estabelecimentos, e a conclusão a que chegamos é preocupante: se um psicopata tentasse o mesmo por aqui, provavelmente teria sucesso.

Uma das primeiras escolas que visitamos foi um colégio estadual, na região central da cidade. Mesmo sem uniforme, e longe da idade de se parecer com um aluno de 8ª série, ninguém parou o repórter. Uma pessoa estava no portão aparentando ser segurança, mas em nenhum momento abordou nosso repórter, que carregava uma mochila onde poderia se guardar até mesmo uma submetralhadora. Tivemos acesso aos corredores, e só não entramos na sala de aula para não atrapalhar os alunos que lá estavam. Qualquer pessoa provavelmente teria a mesma facilidade de acesso.

Escolhemos então duas escolas da rede municipal de ensino, com alunos do ensino fundamental. As duas escolas contavam com seguranças identificados, mas nenhum deles abordou a nossa equipe de reportagem. Pudemos passear pelas dependências das escolas e também só não entramos em sala de aula para não atrapalhar o trabalho das professoras.

Na rede particular de ensino, a única escola que visitamos que não permitiu nossa entrada foram o Quasar e o Objetivo. No Objetivo, tivemos que nos identificar através de apresentação de documento pessoal, explicar o assunto que iríamos tratar e ainda detalhar com quem iríamos tratar. Para alguém que resolvesse entrar com segundas intenções, seria um obstáculo grande. Nosso repórter, mesmo depois de apresentar o documento pessoal, não conseguiu convencer a segurança a liberar sua entrada. Ficou parado na porta.

Na Fesurv, o acesso foi total. Nossa equipe de reportagem entrou, passeou e ficou dentro da universidade o tempo que quis. Entramos em algumas salas de aula e passamos o tempo que achamos necessário, sem que ninguém nos interpelasse. Na FAR aconteceu a mesma coisa. A situação deveria ser olhada com mais cuidados pelos gestores destas instituições. Se o Rio Verde Agora conseguiu, qualquer um consegue. Deixamos o espaço aberto para discussões. Com a palavra, os responsáveis pela segurança de crianças, jovens e adultos.

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