Incêndio em loja causa vazamento de produtos tóxicos em Caçu

Areia foi colocada em toda a extensão do vazamento para conter o produto. Vizinhos ficaram preocupados com o risco de intoxicação.


Uma loja de produtos agropecuários pegou fogo em Caçu, no Sudoeste de Goiás, e causou o vazamento de defensivos agrícolas altamente tóxicos, segundo o Corpo de Bombeiros. O incêndio aconteceu no domingo (20).

Segundo o Corpo de Bombeiros, cerca de cinco mil litros de dois tipos de herbicidas tóxicos derramaram e podem causar danos ao meio ambiente e à saúde dos moradores: “Têm que ser analisados os impactos ambientais e verificar o que pode ser feito. É um produto tóxico, corrosivo que precisa ser contido”, explica o sargento dos bombeiros Jean Carlos Pereira Carrijo.

Areia foi colocada em toda a extensão do vazamento para conter o derramamento. Vizinhos ficaram preocupados com o risco de intoxicação: “Eu fiquei com a boca seca, a pressão baixa. O cheiro de veneno é muito forte. Então, eu procurei um médico porque eu não sei o que pode ser”, diz a dona de casa Nilda Ancelmo.

Segundo um dos sócios do estabelecimento, Clodoveu Carvalho, o prejuízo estimado é de aproximadamente R$ 2,5 milhões. O prédio foi interditado porque a estrutura de metal empenou e há risco de desabamento.

Estrutura
A cidade não conta com quartel do Corpo de Bombeiros. Uma equipe de Rio Verde, a 100 km de Caçu foi acionada. Enquanto esperavam pela chegada da corporação, que demorou cerca de 1h30, segundo moradores, o fogo foi controlado com um caminhão-pipa e com a ajuda de uma usina de álcool: “Nós chamamos o pipa, mas não deu para acabar com o fogo porque acabou a água e o caminhão foi buscar e demorou mais de uma hora para voltar”, conta o lavrador Walerrandro Vilela Guimarães.

A prefeitura de Caçu disse que não estava preparada para esse tipo de acidente e que a primeira preocupação foi conter o incêndio usando um caminhão-pipa e uma máquina da usina de álcool.

Segundo o município, depois que os bombeiros chegaram a equipe da prefeitura tentou conter o derramamento de herbicida, mas como foi usada muita água para apagar as chamas não conseguiu impedir que o produto caísse no rio.

O segundo comando regional dos bombeiros reconhece a dificuldade de atender ocorrências de incêndio em cidades onde não existe grupamento da corporação. O comando explicou que os caminhões carregam de cinco a sete mil litros de água e que, por isso, são lentos.

Para assistir à reportagem produzida pela TV Anhanguera, clique em "Vídeos".

Fonte: G1

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