Goiás busca avançar na apicultura

Cidades de Rio Verde e Jataí lideram produção goiana de mel


A criação de abelhas, conhecida no meio científico como apicultura, em Goiás tem o apoio da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agrícola (Emater). Hoje, o Estado conta com  mil apicultores que apresentam uma produção de 315 toneladas. Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A instituição menciona em seus dados que o Brasil conta com 350 mil produtores, que cultivam 2,5 mil colmeias, de onde provêm uma produção de 50 mil toneladas de mel por ano.

Segundo o responsável pela coordenação de fomento da apicultura da Emater, José Araújo de Oliveira, a produção tende a crescer mais com os trabalhos desenvolvidos pela Extensão Rural no Estado. Atualmente, os goianos ocupam a 17ª posição no ranking brasileiro, o que atribui à diversificação agropecuária goiana. O Rio Grande do Sul é o líder na produção de mel de abelha com 7.097 toneladas. O Paraná está em segundo lugar, com 5.468 toneladas.

As maiores regiões produtoras goianas se localizam na Estrada de Ferro, Planalto, Rio Vermelho, Sudoeste, nos municípios de Rio Verde e Jataí. A Apis Mellifera é a variedade mais comum em Goiás, conforme observa José Araújo.

O trabalho da Emater consiste em mostrar as variedades mais adaptáveis ao estado, onde se sobressai a abelha africanizada. "Ocorreram cruzamentos entre a abelha Europa e a Africana, muito  agressiva", segundo ele. A cadeia produtiva do mel é o foco básico da Agência. Os riscos de picadas também são mostrados aos produtores durante reuniões em conjunto ou isoladas. "Uma ferroada pode ser mortal", destaca Araújo.

Na região norte do Estado a apicultura passou a ser desenvolvida a partir de 1987, pela Emater. Foram instaladas, então, cinco unidades demonstrativas em cinco comunidades de Porangatu. O Banco do Brasil deu suporte financeiro à atividade apícola, resultando inclusive na criação da Associação dos Produtores da Região Norte de Goiás, na criação da Cooperativa dos Apicultores do Norte Goiano e também de Santa Terezinha de Goiás. Hoje, são mais de cem apicultores, 3,2 mil colmeias e uma produção superior a mil toneladas de mel silvestre.

Boa parte dessa produção é destinada à merenda escolar, numa aquisição feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Outra parte é consumida pelo comércio regional ou comercializada para outras cidades do Estado e também de fora. Em Goiânia, é comum encontrar o litro de mel silvestre entre R$20 e R$25.

Produtos
A colmeia gera produtos como mel, cera, geleia real, própolis e pólen. Qualquer pessoa pode ser apicultor, desde que não seja alérgica ao veneno das abelhas e tenha capacidade física na habilidade com a atividade.

Segundo a publicação Apicultura, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, o mel é um alimento de alta qualidade e que contribui para a saúde das pessoas. É um produto rico em minerais e vitaminas e de fácil digestão. O alimento fornece energia e reforça a resistência das pessoas contra muitas doenças.

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