Doando esperança

Conheça a história do rio-verdense que foi até o Rio Grande do Norte fazer uma doação de medula


Nesta época do ano, é muito comum que vários rio-verdenses aproveitem para viajar e curtir alguns dias de descanso em alguma praia do litoral do país. O rio-verdense Danglarys Barbosa, de 31 anos, também fez este caminho, mas ele tinha um motivo mais nobre: foi até Natal, capital do Rio Grande do Norte, para fazer uma doação de medula.

Danglarys conta que é doador de sangue aqui em Rio Verde há 13 anos, e que, a seu próprio pedido, foi inscrito no Redome, órgão ligado ao Instituto Nacional do Câncer que congrega o banco de medula no país. É através deste cadastro que possíveis transplantes são feitos, já que é quando acontece a verificação de compatibilidade de medulas entre doador e transplantado.

Em fevereiro, ele recebeu uma ligação do Redome, que lhe informava que havia uma possível compatibilidade (o que significa na prática que uma pessoa precisa de sua doação). Danglarys então não pensou duas vezes: se ofereceu para fazer todos os testes necessários e, se possível fosse, faria a doação.

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Os primeiros testes foram feitos aqui mesmo em Rio Verde, no Hemocentro. Foi constatada a compatibilidade de 90% com um paciente do Rio Grande do Norte. Após os testes, ele foi perguntado se teria disponibilidade de viajar, por conta do Ministério da Saúde, até Natal (avião e hospedagem foram pagos pelo SUS). O rio-verdense se prontificou.

Uma vez em Natal, ele passou por mais uma bateria de testes. Todos eles foram aprovados. Em breve o transplante seria marcado. Ele retornou a Rio Verde e aguardou o seu chamamento.

Quinze dias após o carnaval, o transplante seria finalmente agendado. Danglarys retornaria a Natal e faria a coleta de sua medula. O paciente que aguardava Danglarys recebeu, na última semana, após cinco dias de rigorosa quimioterapia, dois litros de medula óssea.

“Talvez o único pesar que tenha dessa viagem, se é que podemos falar assim, é que, por uma regra do Ministério da Saúde, só vou saber a identidade de quem recebeu minha medula um ano após a cirurgia. A única informação que tenho é que se trata de um jovem de 25 anos do estado da Paraíba”, explicou Danglarys. “Mas isso, para mim, é o que menos importa. Não há satisfação maior que ajudar o próximo”, disse.

Perguntado se faria uma outra vez, ele não titubeou: “Quantas vezes fossem necessárias”, concluiu.

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